Família contesta marido de jovem internada no HU e informa de que morte foi cerebral

Segundo a mãe de Jéssica Sakamoto, ela respira por aparelhos e quadro foi agravado por HIV.

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Segundo a mãe de Jéssica Sakamoto, ela respira por aparelhos e quadro foi agravado por HIV.

A família de Jéssica Sakamoto entrou em contato com a redação do Midiamax para contestar as informações dadas pelo companheiro da jovem, que ela teria morrido na noite de ontem no Hospital Universitário. A informação havia sido confirmada por Bruno Ewerton, mas foi desmentida pela mãe, Maria Bernadeth Sakamoto, e pela tia Aurora Sakamoto Prieto. 

“Nós fomos informados da morte cerebral da minha filha, mas ela ainda respira por aparelhos, e estamos indignados, inclusive procuramos a polícia para ver se há uma forma de o Bruno não ficar mais divulgando informações dela”, contou a tia de Jéssica, bastante nervosa. 
Elas se dirigiram até a delegacia das Moreninhas, ontem foram buscar informações de como fazer o boletim de ocorrência.
Segundo a mãe de Jéssica, a filha é portadora de HIV e nunca quis se tratar, pois ficou muito revoltada. “Eu contraí por transfusão de sangue e amamentei normalmente, pois não sabia que tinha o vírus, quando eu descobri ela já tinha também, mas ela já era grandinha, e não quis se tratar”, conta a mãe.
O drama da família é que ainda quer ter esperanças de um possível milagre. “Acreditamos que para Deus nada é impossível, e vamos lutar até o fim”, conta a mãe. 
Aurora reclama ainda que Bruno, no início da internação de Jéssica, proibiu a mãe de ter contato e que ela teve de ir até o hospital para conseguir. “Ele não nos atende, sai falando que minha sobrinha morreu e nós estamos desesperados”, reclamou. 
Acompanhada da família, Maria Bernadeth declarou que nunca escondeu de ninguém a condição de doença dela e da filha, até porque acha que a informação deve ser difundida. “Quando ela começou a namorar eu falei, que ela tinha de avisar, não sei como é a relação deles, pois ela era muito recatada, viviam entre idas e voltas, e muito distante de nós. Mas ela deveria ter feito o tratamento, e nunca quis”. 
A tia ressaltou que é preciso deixar as coisas claras. “Ela teve todo tratamento necessário no HU, os enfermeiros a trataram muito bem, sempre todos souberam da condição dela de portadora de HIV e mesmo assim, sempre falamos abertamente sobre o assunto e vamos continuar acreditando em um milagre”, finalizou. 
Durante a manhã o Hospital Universitário por meio da assessoria confirmou apenas a morte cerebral da paciente. A reportagem entrou em contato com Bruno, que preferiu não falar sobre o assunto.

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