Falta de leitos para internação faz MP dar prazo de 10 dias para Prefeitura disponibilizar vagas

Depois que pacientes morreram enquanto aguardavam transferência para hospitais de Campo Grande, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul deu prazo de 10 dias para o prefeito da cidade, Gilmar Olarte e ao Município disponibilizar leitos hospitalares em quantitativo suficiente para atender a demanda e garantir a prestação dos serviços de saúde na […]

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Depois que pacientes morreram enquanto aguardavam transferência para hospitais de Campo Grande, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul deu prazo de 10 dias para o prefeito da cidade, Gilmar Olarte e ao Município disponibilizar leitos hospitalares em quantitativo suficiente para atender a demanda e garantir a prestação dos serviços de saúde na rede municipal.

A Recomendação foi assinada pela Promotora de Justiça Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública.

Dentro do prazo, a o Executivo Municipal deve disponibilizar leitos hospitalares gerais adultos aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), por meio de rede própria, conveniada ou contratada para atender pacientes internados irregularmente há mais de 24 horas nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e nos CRS (Centro Regionais 24 horas).

Caos e Superlotação

Nessa quinta-feira (14), o Secretário Municipal de Saúde de Campo Grande, Jamal Salem, atribuiu a falta de leitos em hospitais ao excesso de acidentes de trânsito. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a média de pacientes internados em UPAs eu aguardam vagas em hospitais é de trinta por dia. “As vítimas de acidentes estão ocupando vagas que deveriam ser destinadas a casos mais graves”, disse o secretário.

Uma criança de três anos morreu na segunda-feira (11), na Santa Casa de Campo Grande. Um dia antes de ir a óbito, o menino aguardava na fila para ser encaminhado parta a UTI, mas não havia vagas. Ainda nesta semana um jovem de 25 anos faleceu depois de ficar mais de 24 horas internada na UPA da Vila Almeida.

Na terça-feira (12), a direção da Santa Casa decidiu não receber pacientes que apresentem ferimentos e complicações que exijam assistência cirúrgica imediata. Segundo informações da diretoria da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) e das direções técnica e clínica da Santa Casa, o pronto-socorro está superlotado.

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