Falta de leito em hospitais deixa mãe desesperada com filha em estado grave no posto de saúde

A técnica de enfermagem Eliane Delmondes Flores espera há quatro dias por uma vaga nos hospitais de Campo Grande para internar a filha de 25 anos, que está no posto de saúde do bairro Vila Almeida, em Campo Grande, em estado grave.

Segundo a mulher desde quando a garota começou a apresentar febre e tremores a levou para ser atendida na unidade de saúde do Bairro Nova Bahia. Os médicos a atenderam deram remédios e a deixaram em observação, mas o estado de saúde da menina se agravou.

Eliane acionou a Justiça e também a Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande), que alegou falta de leitos para internação no SUS (Sistema Único de Saúde). “Minha filha tem dois filhos e precisa sair daqui e ir para um hospital o quanto antes”, lamenta.

O chefe da Sesau, Jamil Salem, disse que soube da gravidade do caso, e considerou que faltam leitos nos hospitais de Campo Grande. “Ela está bem amparada pelos médicos, estamos fazendo o que se pode fazer, mas faltam leitos hospitalares por isso ela não foi transferida ainda “.

Jamal observou que há um deficit de 800 leitos hospitalares e 50 de UTI em Campo Grande e muitos dos atendimentos nas unidades de saúde da Capital , cerca de 30%, são realizados a pacientes do interior do Estado.

“Precisa-se tomar medidas quanto ao trânsito e à violência também. Na Santa Casa, por exemplo, 60% dos pacientes são de trauma e vítimas de violência”, finalizou.