Executivo suspeito de repassar ingressos não pretende deixar o país

Raymond Whelan, preso na segunda-feira (7) por suspeita de fornecer ingressos num esquema internacional de venda de ilegal de ingressos na Copa, vai colaborar com as investigações e não pretende sair do país, segundo seus advogados. Como mostrou o Bom Dia Rio desta terça-feira (8), ele foi solto nesta madrugada, depois de obter um habeas […]

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Raymond Whelan, preso na segunda-feira (7) por suspeita de fornecer ingressos num esquema internacional de venda de ilegal de ingressos na Copa, vai colaborar com as investigações e não pretende sair do país, segundo seus advogados. Como mostrou o Bom Dia Rio desta terça-feira (8), ele foi solto nesta madrugada, depois de obter um habeas corpus. Whelan, principal executivo (CEO) da Match Services, empresa que detém direitos exclusivos sobre a venda de ingressos para a Fifa, estava preso no 18º DP (Praça da Bandeira), Zona Norte do Rio, e deixou a delegacia por volta das 4h40.

Segundo a Polícia, o inglês entregou o passaporte para o Tribunal de Justiça do Rio. A expectativa da Polícia Civil era que Whelan ficasse toda a madrugada na delegacia e, pela manhã, seria transferido para o presídio de Bangu. Com o habeas corpus, o estrangeiro deixou a delegacia e ainda não tem data definida para prestar novos depoimentos à polícia.

Whelan foi preso no Copacabana Palace, na Zona Sul, por suspeita de ser um dos chefes de quadrilha internacional de cambistas que agia durante a Copa do Mundo no Brasil.

Com o inglês, a polícia encontrou 100 ingressos para os jogos. A prisão temporária de cinco dias, expedida pelo Juizado Especial do Torcedor, fazia parte da operação “Jules Rimet”, que já havia prendido 11 pessoas, incluindo o argelino Mohamed Lamíne Fofana.

De acordo com o delegado Fábio Barucke, que comanda a investigação, Raymond, também conhecido como Ray, era um “facilitador” para a quadrilha ter acesso a ingressos e teria sido flagrado em escutas telefônicas negociando ingressos com Fofana. Segundo a polícia, foram mais de 900 ligações.

Executivo nega

Segundo o delegado, Raymond negou, em depoimento informal, qualquer participação no esquema. Ainda segundo Barucke, ele negou que tenha amizade com o argelino Mohamed Lamíni Fofana e confirmou que a empresa fez um contrato de compra de vendas de ingresso com o argelino em maio de 2013. Raymond disse que não teve negociações com Fofana durante a Copa do Mundo. “Isso nós temos de prova. Foram 900 ligações durante o evento. Nós temos isso de prova e ele nega”, disse o delegado.

O crime que será imputado a Whelan é o de facilitar a distribuição de ingressos para venda de cambistas e associação criminosa por ter facilitado a venda de ingressos para o cambista.

A Match divulgou uma nota em que diz acreditar que os fatos vão mostrar que Raymond Whelan não cometeu nenhuma violação às leis brasileiras e afirma que a polícia chegou a conclusões precipitadas. A empresa diz que vai continuar a dar todo apoio às investigações.

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