Estudante que matou ciclista atropelado nega racha e culpa problema no som

O estudante Aluísio Both Neto, de 19 anos, acusado de atropelar e matar o ciclista Davi Rosa da Silva, também de 19 anos, se apresentou na manhã desta terça-feira (17) na delegacia do 2º Distrito Policial de Dourados. O rapaz prestou depoimento como indiciado por homicídio doloso, que é quando há a intenção de matar, […]

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O estudante Aluísio Both Neto, de 19 anos, acusado de atropelar e matar o ciclista Davi Rosa da Silva, também de 19 anos, se apresentou na manhã desta terça-feira (17) na delegacia do 2º Distrito Policial de Dourados. O rapaz prestou depoimento como indiciado por homicídio doloso, que é quando há a intenção de matar, e com o agravante do caso ter ocorrido durante uma suposta disputa de racha que ainda será confirmada – ou não – por um laudo da perícia.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcelo Batistela Damaceno, Aluísio negou estar envolvido em uma disputa de racha, e disse que um problema no aparelho de som da caminhonete que conduzia pela avenida Marcelino Pires, local do acidente, teria motivado uma perda do controle do veículo e o atropelamento.

“Ele disse que acabou se distraindo para tentar arrumar o problema e atropelou o Davi, mas afirmou que não sabe se acabou indo para o acostamento ou se a vítima que estava na mesma via da caminhonete. Ele disse ainda que não notou se havia outros veículos por perto, e reafirmou que não estava praticando racha”.

Aluísio disse ainda em depoimento que retornava da Expoagro, mas que não estaria dirigindo embriagado. O estudante contestou a versão de testemunhas de que havia outro veículo na disputa do possível racha, e que estava sozinho no momento do acidente. No entanto, Batistela ressaltou que a principal hipótese de motivação do atropelamento e morte continua sendo a ‘corrida’.

“Foram coletadas imagens de câmeras de segurança do local que confirmam a presença de outros veículos. Temos uma testemunha que afirmou veementemente que ele estava praticando o racha, mas o que vai confirmar isso é o laudo da perícia”.

Sobre o fato da caminhonete que conduzia após o acidente ter sido encontrada pela polícia ‘camuflada’ em meio a uma plantação às margens da rodovia MS-156, na saída de Dourados para Itaporã, Aluísio confirmou que escondeu o veículo e se justificou alegando medo de ser alvo da “fúria” de populares.

Um pedido de prisão temporária foi feito pelo delegado, mas como o estudante entrou por meio de uma representação feita por um de seus dois advogados alegando estar à disposição da polícia, o juiz determinou então que ele se apresentasse à polícia em até 48 horas, o que aconteceu hoje. Por isso, o rapaz não teve a prisão decretada.

A Polícia Civil ainda trabalha para identificar o condutor do veículo que teria participado da disputa do suposto racha que acabou matando Davi, por meio de imagens de câmeras de segurança que estão auxiliando a perícia. Esta pessoa também seria responsabilizada por homicídio doloso, como participante. Já Aluísio está indiciado como autor, mas segue respondendo pelo crime em liberdade.

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