Enquanto metrópoles desprezam seus ídolos, Campo Grande preserva sua ‘Calçada da Fama’

A reforma dos estádios para a Copa do Mundo fez com que grande parte do acervo de craques brasileiros que estava preservada através das marcas nas ”Calçadas da Fama” acabou se perdendo. A de São Paulo, que estava no Pacaembu teve parte destruída com a reforma na Praça Charles Müller. A do Rio de Janeiro, […]

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A reforma dos estádios para a Copa do Mundo fez com que grande parte do acervo de craques brasileiros que estava preservada através das marcas nas ”Calçadas da Fama” acabou se perdendo.

A de São Paulo, que estava no Pacaembu teve parte destruída com a reforma na Praça Charles Müller. A do Rio de Janeiro, que estava no Maracanã, está considerada perdida e até mesmo as visitas que estavam agendadas, foram desmarcadas, pois não se sabe o destino que levou.

Enquanto isto o paulista de Assis, Sullivan Gonçalves Oliveira, artista plástico de 39 anos, que está radicado em Campo Grande há 13 anos, se preocupa em preservar as marcas dos ídolos nacionais.

As marcas, que são pés e mãos, dependendo da modalidade praticada pelos ídolos, são captadas em massa de vidro e alginato, posteriormente é feita uma cópia em gesso industrial e a finalização acontece com a utilização de mármore sintético.

O acervo de Sullivan, que é fundador da entidade Guardiões de Ídolos conta com 579 marcas, de atletas como Rogério Ceni, Romário, Zico, Neymar e outras do futebol; Jade Barbosa, da ginástica, Wilsinho Fittipaldi do automobilismo e também craques que brilharam no esporte local.

Parte deste material pode ser visitado na Vila Brasil, nos altos da Afonso Pena, onde os torcedores da Capital acompanham os jogos da seleção brasileira. “Estão expostos no local apenas 22 peças devido ao pequeno espaço, mas em breve teremos o nosso museu onde a população poderá ter acesso à marca de todos os ídolos”, afirmou o artista plástico.

A primeira marca conseguida foi a do goleiro Rogério Ceni, há cerca de quatro anos. “Temos no acervo marcas inéditas, como esta do Rogério, que é da cidade de Sinop (MT) ,que acredito não tenha se preocupado em eternizar o seu ídolo. Acho que nem mesmo o São Paulo tem”, afirma orgulhoso.

Segundo o idealizador do projeto a sua maior preocupação, além de preservar a história dos ídolos, é incentivar os jovens a praticarem esporte. A implantação do museu da Capital será focada nestes pontos.

“Já temos o local. Será amplo e o mais importante, é que a visitação será gratuita. Não adiantaria nada termos este material com tamanha importância e qualidade e não termos visitantes. Com a entrada franqueada principalmente os mais jovens terão condições de comparecer”, afirmou Sullivan.

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