Embrapa Pantanal emite segundo alerta de nível do Rio Paraguai em 2014

O pesquisador Carlos Roberto Padovani, da Embrapa Pantanal emitiu no início desta semana o segundo alerta sobre o nível do Rio Paraguai para este ano. De acordo com o pesquisador, o rio deve alcançar cerca de 5,5 metros no município de Ladário, 5,4 metros em Porto Esperança e 4,6 metros em Forte Coimbra em meados […]

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O pesquisador Carlos Roberto Padovani, da Embrapa Pantanal emitiu no início desta semana o segundo alerta sobre o nível do Rio Paraguai para este ano. De acordo com o pesquisador, o rio deve alcançar cerca de 5,5 metros no município de Ladário, 5,4 metros em Porto Esperança e 4,6 metros em Forte Coimbra em meados do mês de junho.

Segundo o pesquisador, as fortes chuvas que caíram nas bacias das cabeceiras do rio Paraguai e na bacia do Corixo Grande, a oeste do Pantanal de Mato Grosso, foram a causa do aumento do nível do rio em Bela Vista do Norte, acima da região da barra do São Lourenço e Amolar. Padovani também diz que, devido à grande quantidade de chuvas na região da Nhecolândia, haverá uma entrada extra de água na região do Porto da Manga, na Estrada Parque.

“A gente está acostumado e tem registros de cheias em todas as magnitudes e todas as frequências; este ano, a cheia está acima da média e a gente já vinha estimando que isso ia acontecer desde fevereiro, quando observamos os mapas de chuva na região alta da bacia do Alto Paraguai”, afirma o pesquisador.

O alerta foi publicado na página do Facebook GeoHidro-Pantanal, uma iniciativa mantida por pesquisadores da Embrapa e parceiros que busca estabelecer uma comunicação mais direta com a população das regiões que podem ser afetadas pelas cheias. “Cada vez mais, existem pessoas vivendo em áreas de risco – e cada vez mais pessoas de fora, que não têm muita informação ou vivência com o Pantanal (…). A gente procura informá-las para que elas se preparem”, diz Padovani.

Além dos alertas de nível do rio, a página oferece mapas sobre as chuvas, dados e links de sites como a Agência Nacional de Águas (ANA) e Marinha do Brasil, de forma a criar um panorama mais detalhado sobre a cheia. Conforme o pesquisador, “a gente tenta informar e também mostrar como funciona o Pantanal com dados de várias fontes diferentes, para mostrar que existe uma grande quantidade de informações disponíveis”.

Após a publicação do alerta, Padovani recomenda que as comunidades de ribeirinhos, proprietários e arrendatários de terras para criação de gado que estejam na área sob influência do rio Paraguai fiquem atentos e tomem as providências necessárias para a sua proteção. Ainda de acordo com o pesquisador, a recomendação para os criadores de gado é retirar o rebanho das regiões que podem ser inundadas.

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