Em protesto, sindicalistas pedem o fim de financiamento de campanhas por bancos
Membros de organizações, sindicatos e militantes pediram em um ato, realizado na manhã desta segunda-feira (7), na frente do banco Bradesco, o fim de financiamento de campanhas políticas feito por bancos. Segundo os organizadores, a forma atual privilegia um determinado grupo e torna a corrida eleitoral desigual. Além disso, o ato buscou o diálogo com […]
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Membros de organizações, sindicatos e militantes pediram em um ato, realizado na manhã desta segunda-feira (7), na frente do banco Bradesco, o fim de financiamento de campanhas políticas feito por bancos. Segundo os organizadores, a forma atual privilegia um determinado grupo e torna a corrida eleitoral desigual.
Além disso, o ato buscou o diálogo com a população a respeito de uma reforma política e realização de plebiscito. A mobilização ocorreu em várias capitais do Brasil e, em Campo Grande, o ato teve como tom a conscientização da população a respeito da reforma. “Nas capitais menores estamos realizando um trabalho de conscientização e depois vamos fazer um trabalho de base nas universidades, associações e conversar com a população”, afirma Walkes Vargas, membro da secretaria estadual de plebiscito em Mato Grosso do Sul.
Com a reforma política, o principal pedido da organização é o fim do financiamento privado em campanhas políticas, para que o processo de eleição se torne mais igualitário. Para ele, com campanhas políticas desiguais, os interesses da população não são atendidos. “Não representam o povo”. Walkes cita o fundo partidário, já existente, para financiar campanhas políticas. “O valor seria distribuído igualmente para todos e seria mais justo”, ressalta.
O ato aconteceu na frente do banco Bradesco e a escolha foi proposital. Os bancos Bradesco e Itaú seriam os principais financiadores de campanhas políticas. “Não concordamos. Enquanto os bancos investem em campanha, os trabalhadores sofrem e a população fica jogada em filas enormes dos bancos”, aponta a presidente do Sindicato dos Bancários, Iaci Azamor.
O Centro de Referência em Direitos Humanos de Campo Grande também aderiu ao ato e defende a reforma. “Percebemos que a maioria da demanda que a população nos apresenta se dá por falhas e falta de políticas públicas”, defende Antonia Joana, membro do Centro. Para ela, o atual quadro de democracia não atende a população e já não serve mais para a sociedade brasileira. “Que democracia que é essa se não atende a sociedade em suas necessidades”, questiona.
Os protestos de 2013, quando milhares de jovens saíram às ruas para reinvidicar diversas demandas, foi lembrado por Camila Costa, membro do Fórum da Juventude de Campo Grande. “Voltamos a dormir depois disso, mas precisamos mudar isso”.
Voz do povo
De 1° a sete de setembro de 2014 será realizado um plebiscito, não oficial, que pretende angariar 10 milhões de votos. O questionamento será se a população é a favor de uma constituinte, que é uma assembleia de representantes eleitos pela população para modificar a política do país.
Segundo Walkes, os votos serão entregues ao Congresso Nacional. “Para mostrar o que a sociedade quer de verdade”.
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