Eliminação do Cruzeiro serve de alerta para futebol brasileiro, diz Noriega

A Taça Libertadores começou com seis representantes brasileiros, mas todos ficaram pelo caminho. O último eliminado foi o Cruzeiro, na noite desta quarta-feira, quando se despediu da competição nas quartas de final ao empatar por 1 a 1 com o San Lorenzo, no Mineirão, após ter perdido por 1 a 0 na Argentina. Para o comentarista Maurício Noriega, a ausência de clubes do país na semifinal, o que não acontecia há 23 anos, serve de alerta e demonstra o mau momento do futebol brasileiro.

“O momento técnico do futebol brasileiro é preocupante. Quando o melhor time do Brasil, vencedor do torneio mais disputado do país, de um país que investe mais em futebol em relação a todos os outros da América do Sul, é eliminado nas quartas de final, dentro de casa, é para acender a luzinha amarela. A condição técnica do futebol brasileiro precisa ser debatida com mais atenção, porque o momento é complicado”, considerou o jornalista.

“Acho que falou um pouco de inteligência para alguns jogadores do Cruzeiro, inclusive para os mais experientes. Inteligência que sobrou para o Piatti, por exemplo. A partida que ele fez é para os jogadores brasileiros pegarem, estudarem e analisarem como um jogador faz uma boa leitura de jogo, como está sempre onde a bola está, onde o jogo está se desenvolvendo. Isso falta para muitos jogadores brasileiros”, afirmou.

Na opinião de Noriega, o Cruzeiro não se despediu da Libertadores apenas pelo que demonstrou no Mineirão, mas por ter ficado devendo no jogo de ida, na casa do adversário.

“O Cruzeiro trouxe da Argentina um resultado e um jogo ruim. A gente tem que avaliar tudo, nos 180 minutos, e não só em 90. O Cruzeiro foi mal lá e muito mal no primeiro tempo aqui, acabou pagando um preço alto”, avaliou.