Elias guia Corinthians em clássico e confirma ser “o cara”
O ano de 2013 não vinha sendo satisfatório para o Corinthians em clássicos. Após quatro jogos, a equipe alvinegra não havia vencido nenhuma partida. Situação atípica para Elias, que chegou após o Campeonato Paulista e que acostumou-se com vitória contra rivais em sua primeira passagem, ao lado do também atual treinador Mano Menezes. Neste domingo, […]
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O ano de 2013 não vinha sendo satisfatório para o Corinthians em clássicos. Após quatro jogos, a equipe alvinegra não havia vencido nenhuma partida. Situação atípica para Elias, que chegou após o Campeonato Paulista e que acostumou-se com vitória contra rivais em sua primeira passagem, ao lado do também atual treinador Mano Menezes.
Neste domingo, no primeiro dérbi da Arena, o volante mostrou o motivo de ser “o cara” para o departamento de marketing do clube em vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras – o volante avisou que o rival “tremeria” em Itaquera.
Em campo, Elias é o “motorzinho” corintiano. Não só pela sua movimentação quanto pela importância tanto ofensiva quanto defensiva para a equipe: seus dois pés parecem estar ligados em uma máquina, que não para durante os 90 minutos. Seja em corridas ou simplesmente trotando, Elias não deixa as pernas paradas, mesmo enquanto companheiros descansam. Fecha espaços como ninguém.
Na fria tarde deste domingo, entretanto, o meio-campista – cria palmeirense, mas que renega sempre a origem em prol do Corinthians – viu sua importância ir além da simples função tática. Foram dele as jogadas e as assistências para os gols que deram a vitória alvinegra no clássico contra o maior rival. Aos 5min do segundo tempo, o volante, que por vezes parece ser meia armador, recebeu na meia-lua, driblou adversários e serviu o atacante peruano Paolo Guerrero na medida para tocar na saída de Fábio.Já nos acéscimos do confronto, foi paciente para servir perfeitamente Petros, que aumentou a contagem.
Quando chegou ao Corinthians, Elias ganhou a alcunha de ser “o cara” para o departamento de marketing alvinegro. O volante não tem um status de um Ronaldo ou de Alexandre Pato, mas, na visão dos responsáveis pelo setor, tem completa identificação com a torcida. Nos clássicos, a identificação fica mais evidente.
Elias conversa com os companheiros, pede apoio da torcida e, principalmente, batalha. Se tem confusão, o volante está lá para defender os companheiros, como aos 30min do segundo tempo. Logo após a discussão quente entre as duas equipes com o volante bastante participativo, mostrou técnica ao quase fazer o segundo corintiano, em chute de fora da área. “Tem que ter a ligação perfeita para isso aqui virar um caldeirão”, disse o volante após o jogo, ainda no gramado.
Bem que Mano Menezes avisou antes da Copa: o Corinthians seria diferente no segundo semestre, com a entrada dos novos reforços, principalmente Elias. Em campo, já ficou clara a mudança. Taticamente, o time mostra mais mobilidade ofensiva com as chegadas ao ataque do volante, deficiência do time desde a saída de Paulinho. Na alma, a mudança é maior e mais louvada pelos corintianos: a apatia de 2013 e do início de 2014 começa a ser esquecida pela renovada alma guerreira.
O maior teste de fogo do volante – e de toda a equipe – era o duelo deste domingo, primeiro dérbi na sonhada nova casa. O “motorzinho” mostrou que a dominância alvinegra em clássicos pode ser retomada após um 2014 com duas derrotas (incluindo 5 a 1 para o Santos) e dois empates. Elias, por sinal, tem domínio quando o assunto é jogos com rivais: agora, dos 22 clássicos disputados com a camisa corintiana, o volante segue com apenas duas derrotas.
Em coletiva durante a semana, Elias havia avisado: o Palmeiras vai “tremer” na Arena em Itaquera, “assim como costumava tremer no Pacaembu”. Se o time alviverde, acuado durante toda a partida, realmente “tremeu”, a “culpa” é muito do volante alvinegro, um dos grandes responsáveis pela boa atuação do Corinthians, na vice-liderança do Brasileiro.
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