Eike Batista cede controle da OGX a credores e quita dívida bilionária

O empresário Eike Batista cedeu a credores o controle da empresa Óleo e Gás Participações (OGPar), antiga OGX, de acordo com um comunicado emitido na sexta-feira, 17, pela empresa à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Desta forma, o ex-multimilionário conseguiu livrar-se de uma dívida contraída com o mercado de R$ 13,8 bilhões. A ação estava […]

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O empresário Eike Batista cedeu a credores o controle da empresa Óleo e Gás Participações (OGPar), antiga OGX, de acordo com um comunicado emitido na sexta-feira, 17, pela empresa à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Desta forma, o ex-multimilionário conseguiu livrar-se de uma dívida contraída com o mercado de R$ 13,8 bilhões.

A ação estava prevista no plano de recuperação judicial apresentado pela companhia petrolífera em fevereiro e, após a reestruturação, os papéis da companhia voltarão a ser negociados no Ibovespa, principal indicador da bolsa de São Paulo, embora a data ainda não tenha sido definida.

Segundo o documento da OGPar, “tal passo tornará viável a manutenção e o crescimento das atividades e operações do Grupo OGX”.

A companhia, a mais emblemática de Eike Batista, foi criada em 2007 quando o então sétimo homem mais rico do mundo ganhou os direitos para explorar 21 áreas petrolíferas no Brasil.

No entanto, os problemas financeiros do grupo surgiram em 2012, quando a companhia admitiu que a produção prevista para a até então promissora jazida de Tubarão Azul seria muito inferior à calculada devido a dificuldades técnicas para extrair o petróleo.

A delicada situação de OGX arrastou outras companhias do conglomerado EBX, como a empresa de construção naval OSX, que no ano passado convocou o início de um processo de reunião de credores.

Nesta semana, uma subsidiária da mineradora MMX também anunciou que apresentou um pedido de recuperação judicial, uma medida que, segundo a empresa, foi necessária “devido à situação econômico-financeira da companhia”.

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