Dólar cai 0,40% e volta ao nível de R$ 2,26

O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira, voltando ao patamar de R$ 2,26 e alinhado com o exterior, após números fracos sobre o mercado de trabalho americano alimentarem dúvidas sobre a recuperação da economia dos Estados Unidos. Além disso, os investidores continuaram de olho na cena política brasileira, com o rumo que […]

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O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira, voltando ao patamar de R$ 2,26 e alinhado com o exterior, após números fracos sobre o mercado de trabalho americano alimentarem dúvidas sobre a recuperação da economia dos Estados Unidos.

Além disso, os investidores continuaram de olho na cena política brasileira, com o rumo que campanha eleitoral pode tomar após a morte do então candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, na véspera. A moeda americana caiu 0,40%, a R$ 2,2695 na venda, menor nível desde o dia 4 passado. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão.

“É mais um dado numa série um pouco turva sobre os Estados Unidos que têm saído nas últimas semanas. E isso deixa o mercado desconfortável”, disse o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

O número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiu mais que o esperado na semana passada, embora a tendência ainda indique o fortalecimento do mercado de trabalho.

O dado soma-se a uma série de resultados mistos sobre a economia americana, o que pode abrir espaço para o Federal Reserve, banco central dos EUA, manter os juros baixos por mais tempo para estimular a recuperação. Taxas americanas mais baixas manteriam a atratividade de ativos de outros países, como o Brasil.

Nesta sessão também perdeu força a aversão ao risco impulsionou o dólar nas últimas semanas, após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, dizer que seu país vai se defender, mas não à custa de confronto com o mundo exterior. O pronunciamento foi visto como conciliatório, após meses de retórica dura sobre a crise da Ucrânia, que colocou em lados opostos a Rússia e o Ocidente.

Já no mercado local, as atenções continuaram sobre a cena política, com investidores questionando sobretudo se a candidata a vice na chapa encabeçada pelo PSB, Marina Silva, ocupará o lugar de Campos e o impacto que isso teria nas eleições de outubro.

“Foi uma tragédia que vai continuar no radar dos mercados até que haja alguma definição no quadro eleitoral”, disse Siaca, da Advanced. A tranquilidade no mercado de câmbio foi influenciada também, segundo analistas, pela constante atuação do Banco Central brasileiro.

Pela manhã, vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a US$ 199 milhões. Todos os contratos vendidos vencem em 2 de fevereiro de 2015. Também foram ofertados contratos para 1º de junho de 2015, mas nenhum foi vendido.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro. Ao todo, o BC já rolou cerca de 40% do lote total, que corresponde a US$ 10,070 bilhões. “Parece que, de fato, a estratégia do BC está sendo bem-sucedida em manter o dólar comportado”, afirmou o operador de uma corretora internacional.

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