Dilma vai a obra atrasada há quase um ano para falar de mobilidade urbana

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) escolheu uma obra atrasada há quase um ano para falar sobre os investimentos em mobilidade urbana feitos pelo Governo Federal, neste sábado (27). Dilma concedeu entrevista coletiva na estação CAUB I, do BRT Sul do Distrito Federal. A obra, com cerca de 35 quilômetros de extensão, […]

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A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) escolheu uma obra atrasada há quase um ano para falar sobre os investimentos em mobilidade urbana feitos pelo Governo Federal, neste sábado (27).

Dilma concedeu entrevista coletiva na estação CAUB I, do BRT Sul do Distrito Federal. A obra, com cerca de 35 quilômetros de extensão, deveria ter sido totalmente entregue no final de 2013, mas devidos aos atrasos, só deverá ficar pronta no final deste ano.

O BRT-Sul é uma das obras do PAC Mobilidade Grandes Cidades, programa do Governo Federal destinado a executar obras de infraestrutura e mobilidade urbana.

Segundo o diretor da DF Trans (órgão responsável pelo transporte público do DF), Jair Tedeschi, a obra, orçada em R$ 785 milhões, deveria ter sido entregue no final do ano passado. Com os atrasos, a obra só deverá ser totalmente operacional no final do ano.

“Tivemos alguns atrasos por problemas junto às construtoras. Tivemos algumas demandas em áreas por bonde ele iria passar que fizeram com que a gente atrasasse. Algumas estações já estão prontas, mas ainda não estão operando”, disse.

Das 15 estações previstas para o BRT-Sul, 10 foram construídas. Dessas, apenas cinco já estão recebendo passageiros. O BRT-Sul é um corredor viário exclusivo para ônibus. Alguns deles são articulados.

Ele liga o Plano Piloto até as cidades satélites do Gama e Santa Maria ao Plano Piloto. De acordo com o consórcio construtor da obra, o BRT-Sul deverá diminuir de 90 para 40 minutos o trajeto entre os dois extremos da linha.

Até mesmo as estações em estágio de conclusão mais avançado, como a do CAUB I, ainda não tiveram as catracas eletrônicas instaladas.

Para se chegar a uma delas, o usuário pode utilizar um ônibus ‘alimentador’, ou terá de tomar uma das 15 passarelas previstas para interligar as margens das avenidas aos terminais.

O problema é que, ao menos no terminal CAUB I, não há elevadores ou rampas para portadores de necessidades especiais.

Ao falar dos investimentos em mobilidade urbana, Dilma não mencionou os atrasos e aproveitou para ‘alfinetar’ a candidata à Presidência, Marina Silva (PSB).

“Sem os bancos públicos, você não investe na qualidade do transporte urbano, ao contrário do que alguns candidatos falam”, disse.

Marina Silva (PSB) vem sendo criticada por Dilma por ter se posicionado a favor da redução do papel dos bancos públicos na economia.

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