Destino do Reino Unido continua incerto após pesquisas na Escócia

O futuro da Escócia e do Reino Unido parecia incerto neste domingo, cinco dias antes de um referendo histórico sobre a independência, com as pesquisas mostrando as campanhas rivais em números muito próximos. De quatro novas pesquisas, três mostram aqueles em favor de manter a união com uma vantagem de 2 a 8 pontos percentuais. […]

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O futuro da Escócia e do Reino Unido parecia incerto neste domingo, cinco dias antes de um referendo histórico sobre a independência, com as pesquisas mostrando as campanhas rivais em números muito próximos.

De quatro novas pesquisas, três mostram aqueles em favor de manter a união com uma vantagem de 2 a 8 pontos percentuais. Uma pesquisa da ICM, no entanto, conduzida pela internet, mostra apoiadores da independência na liderança, com 54 por cento, e unionistas com 46 por cento.

O último final de semana de campanha antes do voto na quinta-feira levou milhares de pessoas às ruas da capital Edimburgo e da maior cidade da Escócia, Glasgow. Líderes rivais trabalharam em todo país para convencer eleitores indecisos.

O líder do Partido Nacional Escocês, Alex Salmond, que tem liderado a corrida pela independência, disse estar confiante que a campanha do “Sim” vai ganhar. A prioridade após o referendo seria unir os escoceses novamente para trabalhar pelo bem do futuro do país, disse ele.

“Não estamos visando ganhar por um voto. Queremos atingir uma maioria substancial se pudermos. E um dos grandes bens da campanha do “Sim” é que nós não consideramos nenhuma parte ou setor da sociedade escocesa ou qualquer região geográfica da Escócia além do nosso alcance”, disse Salmond, que também é Primeiro-Ministro da Escócia.

Alistair Darling, ex-ministro das Finanças britânico e líder da campanha “Melhor Juntos”, alertou que se os escoceses votarem para se separar do Reino Unido isso seria uma decisão irreversível.

Com promessas de líderes políticos britânicos de maiores poderes para a Escócia no caso de um voto pelo “Não”, os escoceses podem ter o melhor dos dois mundos, disse Darling, um escocês.

O Sunday Herald, que apoia a independência, preencheu sua primeira página com uma colagem de fotografias com eleitores do “Sim”. “Agora é a hora. Vocês são a geração”, dizia sua manchete.

Em jogo não está apenas o futuro da Escócia, mas o do Reino Unido, forjado pela união com a Inglaterra 307 anos atrás.

Mais de 4 milhões de escoceses, bem como residentes ingleses e estrangeiros, das Highands e Ilhas às cidades do interior de Glasgow, têm direito a votar.

A pergunta na cédula eleitoral vai ser simples: “Deve a Escócia ser um país independente?”

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