De relíquias a tunados, apaixonados por carros antigos investem duro e cuidam como joia rara
Quem gosta de carro antigo sabe bem o que tem na mão – um espécime em extinção. O carro velho não chama a atenção só pelos quilômetros rodados, mas pelos detalhes no acabamento, na peça restaurada e por um conjunto de coisas que só quem ama caranga antiga entende. E ter um carrão com anos […]
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Quem gosta de carro antigo sabe bem o que tem na mão – um espécime em extinção. O carro velho não chama a atenção só pelos quilômetros rodados, mas pelos detalhes no acabamento, na peça restaurada e por um conjunto de coisas que só quem ama caranga antiga entende.
E ter um carrão com anos de estrada rodando nas ruas não só custa dinheiro, como também disposição do dono em cuidar. O estudante Bruno Antônio Zanetti, de 20 anos, é apaixonado por carros, não só os antigos, e afirma que manter um carro com mais idade rodando dá trabalho. “São carros de idade. Tem que ter um carinho especial por eles. Tem dia que funciona bem, tem dia que não, depende do dia dele”, diz.
O estudante que se viu apaixonado por veículos ainda bebê confessa que a paixão vem de família. O pai dele, Antônio Zanetti, é colecionador e tem mais de 100 carros. E criado neste meio, entre volantes e eixos, e amor por veículos teria que sim ou sim desabrochar.
Bruno conta que ainda bebê o pai o levava para andar em um D-20 para acalmá-lo. “Acho que foi ai que apaixonei por carro. Meu pai me dizia que era a única forma de eu ficar quieto”, diz.
Na adolescência, a curiosidade e a paixão por veículos o fazia ler horas e horas revistas especializadas no assunto. “Quando eu tinha uns 16 anos meu carro era só coisas de carro. Eu tinha umas 2 mil revistas sobre o assunto. Até hoje é meio assim. Meu celular, todos os aplicativos são sobre carros”, confessa.
E a paixão aflorou ainda mais quando foi estudar fora. “Fiquei um período na Itália e conheci todas as fábricas de carro que tinham lá. Fui ao museu da Ferrari, da Lamborghini. E sempre que tinha encontro de carro eu ia, tirava foto. Aproveitei”, conta.
E hoje, com a experiência adquirida em leituras e viagens, trabalha na locadora de carros antigos da família. Mas apenas uns 20, 25 por cento da frota está para locação.
Quem também fez da paixão profissão, ou da profissão paixão, foi Wellyngton Fernandes Cardoso, de 29 anos, pintor automotivo. Ele conta que trabalha na oficina do pai há 14 anos e na área começou a gostar de carro antigo. “Antes eu tinha um carro turbo, ai troquei pelo antigo. Quis trocar porque é como uma lenda, algo raro. Hoje em dia para ter um carro novo é fácil. Mas ter um carro antigo, bonito, não é fácil não”, pondera.
Ele é dono de uma Brasília, 1975, e um Fusca, 1973. Os dois estão totalmente restaurados. O Fusca ele manteve mais original, já a Brasília é toda customizada, em azul, com insulfilm combinando.
Ele conta que quando criança sonhava em ter um Fusca branco com rodas esportivas, mas ao ficar adulto e comprar o veiculo entrou em clube especializado e mudou de ideia. “Quando comecei frequentar o clube vi que a maioria era tudo Fusca relíquia. Tudo original. Ai comecei a querer ter originalzão, ele está uns 60% original”, diz.
Já a Brasília quis algo mais diferente e optou pela customização. “Procurei na cidade inteira as Brasílias que tinham. Procurei modelos na internet. Fui achei a cor na internet e a roda foi coisa da cabeça. A suspensão vermelha também. Ai esta faltando o volante original. Quero trocar”, afirma.
Customização
Dono da Rinno Brasil, uma loja de customização automotiva, Romano Deluque Junior conta que assim como manter os carrões em dia, reformá-los ou customizá-los também dá trabalho. Ele pontua que para customizar um carro, pelo menos aqui em Campo Grande, é preciso que o carro esteja inteiro, sem estar faltando nada, já que aqui não encontra peças raras.
Depois é preciso procurar uma loja especializada, já que arrumar um carro novo exige um trabalho, enquanto que um antigo é outro. “Muitas vezes quando pegamos um carro velho para reformar o estofado, por exemplo, a espuma já era, a tapeçaria, os trilhos do banco, tudo. tem que consertar tudo, parte por parte”, diz.
Por isso, segundo ele, enquanto que trocar o estofado de um carro novo ele leva de um a dois dias, de um carro antigo, pode levar até um mês, dependendo do que surge pelo caminho.
A boa notícia é que tudo é possível fazer desde que se tenha paciência e dinheiro para bancar. “Dá para fazer qualquer coisa no carro. Deixamos do jeito que o cliente quiser”, conta, pontuando que a customização pode ir desde pinturas na roda, retrovisores, adesivagem a restauração interna dos carros antigos.
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