Com o fim das operações de remoção o navio Costa Concordia deixou nesta quarta-feira (23) a ilha italiana de Giglio e está se dirigindo para Gênova. O cruzeiro estava encalhado na ilha desde janeiro de 2012.

A embarcação está sendo rebocada em uma velocidade de 1,9 nós para a cidade do norte da Itália onde será desmontada, em uma operação que deve durar 22 meses.

A saída do navio da ilha foi marcada pelas sirenes dos rebocadores e dos barcos presentes no mar e o aplauso das pessoas. Dezenas de pessoas acompanharam a operação para a retirada do Cruzeiro e muitas se emocionaram.

“Conseguiram, é quase inacreditável”, disse uma senhora ao comentar o sucesso dos trabalhos dos operadores. “Hoje finalmente a ilha volta a ser nossa”, comemorou um morador de Giglio.

Já Pablo Lazaro Juan, um sobrevivente do naufrágio afirmou que “é o fim da história de um navio, de um monstro de ferro, mas não o fim da minha história com o Costa Concordia. Esta não pode ser esquecida”. O espanhol fez questão de sair da cidade de Alicante para acompanhar a saída do Costa Concordia da ilha que deverá demorar quatro dias para chegar em Gênova.

“Se eu esquecesse aquela noite eu não seria normal, não seria uma pessoa. Aquela história está para sempre em minha memória e até hoje nos meus sonhos”, disse ele.

Durante o trajeto, especialistas irão monitorar a água para verificar se resíduos não serão deixados pelo navio.

Com a retirada do Costa Concordia as autoridades pretendem retomar as buscas pelo último desaparecido do naufrágio, o indiano Russel Rebello, que trabalhava no cruzeiro.

Seu corpo é o único que ainda não foi encontrado das 32 vítimas da tragédia.