Corpo de João Ubaldo Ribeiro é enterrado em cemitério do Rio

O corpo do escritor João Ubaldo Ribeiro foi enterrado por volta das 10h, no mausoléu da ABL, no cemitério São João Batista, com uma camiseta com a imagem da sua terra natal, Itaparica, por baixo do fardão da ABL. Segundo amigos do baiano, ele usava essa camisa dentro de casa, com frequência. Por cima do […]

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O corpo do escritor João Ubaldo Ribeiro foi enterrado por volta das 10h, no mausoléu da ABL, no cemitério São João Batista, com uma camiseta com a imagem da sua terra natal, Itaparica, por baixo do fardão da ABL. Segundo amigos do baiano, ele usava essa camisa dentro de casa, com frequência.

Por cima do caixão, foi colocada uma camisa do bloco de Carnaval Areia, que levou cerca de 5 mil pessoas às ruas do Leblon esse ano. A cerimônia foi acompanhada por dezenas de familiares e amigos. Pouco antes de o caixão ser baixado, a viúva, Berenice, pediu que a tampa fosse aberta, para se despedir pela última vez do marido.

Manuel Ribeiro, irmão de João Ubaldo, disse que vai se lembrar dele como uma pessoa feliz. “Para mim, o que fica é a imagem do sorriso dele”. Já Bento Ribeiro, filho dele, afirmou que a obra do pai é imortal. “Tenho certeza que as obras dele serão lidas e relidas por muito tempo”, disse. Segundo ele, o pai deixou um livro, com histórias do Leblon vistas por um baiano, inacabado.

O poeta Geraldinho Carneiro lamentou não poder falar mais com o amigo, com quem produziu cerca de 50 trabalhos e com quem conversava muito. “Ele era de uma sinceridade fantástica, de uma delicadeza”, lembrou o poeta.

O velório foi realizado na Academia Brasileira de Letras (ABL), onde, nesta manhã, também aconteceu uma cerimônia religiosa de corpo presente pelo Monsenhor Sérgio Costa Couto, capelão do Outeiro da Glória.

João Ubaldo morreu aos 73 anos na madrugada da última sexta-feira (18), vítima de uma embolia pulmonar. Apesar disso, o enterro dele foi adiado para que a filha Manuela, que estava na Alemanha, pudesse chegar. Além dela, João deixa os filhos Emília, Bento e Francisca

O escritor era o sétimo ocupante da cadeira número 34 da Academia Brasileira de Letras. Ele foi eleito em 7 de outubro de 1993, na sucessão de Carlos Castello Branco.

 

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