Copa do Mundo leva a recorde nas receitas de turistas estrangeiros no Brasil

As receitas de turistas estrangeiros em viagem no Brasil chegaram a US$ 797 milhões, em junho, e a R$ 3,647 bilhões, no primeiro semestre, de acordo com o Banco Central (BC). Esses resultados são os maiores da série histórica do BC, iniciada em 1947. O resultado do mês passado foi superior em 76% ao do […]

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As receitas de turistas estrangeiros em viagem no Brasil chegaram a US$ 797 milhões, em junho, e a R$ 3,647 bilhões, no primeiro semestre, de acordo com o Banco Central (BC). Esses resultados são os maiores da série histórica do BC, iniciada em 1947. O resultado do mês passado foi superior em 76% ao do mesmo período de 2013 (US$ 453 milhões). De acordo com os dados parciais deste mês, até o dia 23, as receitas chegaram a US$ 609 milhões, com crescimento de cerca de 50% em relação a julho de 2013.

O motivo para o crescimento das receitas foi a Copa do Mundo, realizada no Brasil, entre os dias 12 de junho e 13 de julho.

Já as despesas de brasileiros no exterior chegaram a US$ 2,001 bilhões, em junho, e a US$ 12,486 bilhões, no primeiro semestre, contra US$ 1,908 bilhão e US$ 12,209 bilhões, em iguais períodos de 2013.

Essa conta das viagens internacionais, formada pelas receitas e despesas, ficou negativa US$ 1,204 bilhão, no mês passado, resultado 17% menor do que em junho de 2013. O déficit menor na conta de viagens ajudou a melhorar o resultado das transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo. Em junho, o déficit em transações correntes ficou em US$ 3,345 bilhões, o menor saldo negativo para o mês, desde 2009 (US$ 575 milhões).

Também contribuiu para o resultado, o superávit comercial (exportações maiores que as importações) de US$ 2,364 bilhões, no mês passado. Outro fator foi o menor envio de lucros e dividendos de empresas no Brasil para o exterior. Em junho, essas remessas chegaram a US$ 1,694 bilhão, contra US$ 2,223 bilhões registrados no mesmo mês de 2013.

Segundo o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, a explicação para a redução nas remessas é o menor lucros das empresas no Brasil por conta da atividade econômica moderada. Há também a influência da taxa de câmbio, que determina em dólares quanto é remetido para o exterior.

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