Conselho denuncia medida ‘sorrateira’ em convocação de reunião do Sindicato dos Bancários

A atual presidência é acusada de não divulgar assembleia adequadamente

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A atual presidência é acusada de não divulgar assembleia adequadamente

O Conselho Fiscal do Sindicário (Sindicato dos Bancários de Campo Grande MS e Região) denuncia uma medida “sorrateira” feita pela atual presidência ao convocar a categoria para uma Assembléia Geral, na qual seria discutido o aumento do Orçamento do Sindicato de R$ 2,195 para R$ 2,465 milhões.

Segundo o conselho, uma convocação desse porte necessita de ampla divulgação em jornais com referência e com grande circulação, além de tempo hábil para que a classe bancária soubesse da reunião, contudo, a convocação para Assembléia Geral foi divulgada em um site que não atenderia a um número de leituras suficientes para o conhecimento de todos os sindicalizados.

De acordo com o presidente do Conselho Fiscal, Marcelo Francisco de Assis, a medida não atendeu ao artigo 62 do estatuto da categoria. “Foi uma medida sorrateira, pois o Conselho Fiscal, integrado por três pessoas, não ficou sabendo de nada. Nosso estatuto determina que a divulgação de uma Assembléia Geral deve ser ampla. Divulgar somente naquele site não é suficiente”, ressalta.

Para Assis, a convocação deveria ter sido feita, também, por meio de torpedos enviados para todos os sindicalizados; veiculada em um jornal impresso de circulação diária e com uma antecedência mínima de 72 horas.

Além disso, deveria ter sido divulgada em um site com grande número de acessos diários, inclusive pelas demais cidades do Mato Grosso do Sul, que são abrangidas pelo Sindicário.

A secretária de imprensa, Neide Maria Rodrigues, confirma que a convocação foi feita de forma irregular. “A Assembléia foi marcada para acontecer às 18 horas do dia 26 de dezembro, logo após o Natal, quando muita gente está viajando, todavia, foi divulgado naquele site às 15 horas, ou seja, ninguém ficou sabendo”, alerta.

Por outro lado, a presidente do Sindicário, Iaci Terezinha Azamor, afirma que todas as reclamações tem cunho eleitoral. “Isso tudo se deve à proximidade com as eleições. É politicagem pura!”, diz.

Iaci diz que a responsabilidade sobre edital de convocação seria do secretário geral, Edvaldo Barros, contudo, ele não fez como deveria. “Ele deveria ter atendido aos requisitos do estatuto, mas não se manifestou, ficou em silêncio. Por isso, mandei um funcionário fazer, pois temos um tempo hábil para definir o orçamento”.

Por sua vez, Edvaldo Barros, desmente Iaci. Segundo ele, o artigo 59 do estatuto é claro ao dizer que a responsabilidade na convocação de uma Assembleia Geral é da presidente do sindicato e não do secretário geral.

Além disso, Edvaldo afirma que Iaci não respeitou o prazo mínimo de três dias para convocação, a fim de que todos os bancários ficassem sabendo. “A assembleia era para ter sido feita no dia 29 e não no dia 26 de dezembro, pegou todo mundo de surpresa”, conclui.

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