Condenado, deputado diz que não votou contra Donadon por ‘ética’
Único a optar pela abstenção no processo de cassação de Natan Donadon (sem partido-RO), o deputado federal Asbrúbal Bendes (PMDB-PA) afirmou não ter punido seu colega por “uma questão ética”. O parlamentar disse que, como também foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não se sentiria à vontade de condenar ninguém. “Eu não me sinto […]
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Único a optar pela abstenção no processo de cassação de Natan Donadon (sem partido-RO), o deputado federal Asbrúbal Bendes (PMDB-PA) afirmou não ter punido seu colega por “uma questão ética”. O parlamentar disse que, como também foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não se sentiria à vontade de condenar ninguém.
“Eu não me sinto à vontade, na condição de condenado, embora sem trânsito em julgado, porque ainda está em grau de recurso, para julgar e condenar ninguém. É uma questão ética. Um condenado julgar outro”, disse o deputado, condenado a três anos, um mês e dez dias de prisão em regime aberto. “Não me coloquei no lugar dele, eu estou condenado. (…) Não tenho como me sentir bem em condenar alguém”, afirmou.
Asdrúbal foi punido pelo Supremo pela compra de votos em troca de cirurgias de laqueadura (esterilização) nas eleições municipais de 2004. Asdrúbal Bentes foi acusado de corromper 13 eleitoras oferecendo a cirurgia quando era pré-candidato a prefeito de Marabá, no Pará.
A abstenção de Asdrúbal só foi conhecida nesta quarta-feira por causa da votação aberta, a primeira realizada para cassação de parlamentares. Antes, o placar marcava o número de votos, mas não era possível saber como cada deputado havia votado.
Questionado se teme a cassação, Asdrúbal diz que “tudo é possível”, mas afirma que ainda está longe de ocorrer. Ele só avaliará a possibilidade de renunciar quando não houver mais chance de recurso.
Natan Donadon foi cassado na noite desta quarta-feira na segunda sessão que avaliou a perda de seu mandato. Em agosto do ano passado, em votação secreta, a Câmara o absolveu por não ter chegado ao número de votos necessários pela cassação. Dessa vez, em sessão aberta, 467 votaram pela cassação e só Asdrúbal se absteve.
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