Comédia de Ariano Suassuna será encenada nesta quinta no CenaSom

Escrita por Ariano Suassuna em 1957, a comédia “O Santo e a Porca” fala da avareza. E como não poderia deixar de ser o texto não foge à regra dos espetáculos de Suassuna, onde a simplicidade do trabalho permeia toda ação dramática. O cenário recria um ambiente do interior nordestino e o figurino se apresenta […]

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Escrita por Ariano Suassuna em 1957, a comédia “O Santo e a Porca” fala da avareza. E como não poderia deixar de ser o texto não foge à regra dos espetáculos de Suassuna, onde a simplicidade do trabalho permeia toda ação dramática.

O cenário recria um ambiente do interior nordestino e o figurino se apresenta com retalhos e rendas. A cultura nordestina é amplamente valorizada através de personagens que trazem consigo a marca de um povo sofrido, porém alegre. É uma comédia de costumes onde o espectador terá o prazer de se reconhecer através das cenas e diálogos inusitados que permeiam toda a encenação.

A trama tem início quando o fazendeiro Eudoro Vicente envia uma carta ao comerciante Eurico, mais conhecido como Euricão Engole Cobra, pedindo-lhe o seu “maior tesouro”. Eudoro se refere, na verdade, à mão de Margarida, filha de Eurico, em casamento. Mas este pensa que o outro quer roubar-lhe a fortuna, guardada há anos em uma porca, herança deixada por seu avô.

Para complicar, Margarida e o filho de Eudoro, Dodó, estão apaixonados e Benona, irmã solteirona de Euricão, acha que o convite de casamento é para ela. Ao perceber o mal-entendido, a esperta Caroba elabora um plano para ganhar um dinheirinho extra e se casar com Pinhão.

É a partir das confusões feitas pelo plano de Caroba que se desenrola toda a história, que poderia perfeitamente acontecer nos dias de hoje. “O autor procura se aproximar da parte do mundo que lhe foi dada; um mundo de sol e poeira, como o que conheceu em sua infância, com atores ambulantes ou bonecos de mamulengo”, explica Marcelo Leite, diretor do Fulano de Tal.

O espetáculo conta com a assistência de direção de Mateus Menoni e a colaboração de Rita Regina Diniz. Traz no elenco Bruno Yudi, Marcos Gautto, Maria Fernanda Fichel, Rayra Calin, Vini Ferreira, Vinícius Del Vecchio e Yasmin Fróes; Cenário, Figurinos e Acessórios de Cleison Nantes Sandim; Iluminação de Cadu Modesto; Prosódia de Eliane Paulino; Pesquisa Musical de Karina Marques e Design Gráfico de Helton Perez.

A peça será encenada nesta quinta-feira (29), às 20 horas, no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo, que fica localizado na Rua 26 de Agosto, 453, entre as ruas Calógeras e a 14 de Julho. O evento tem duração aproximada de 90 minutos e classificação de 10 anos. Os ingressos têm valores de R$15,00 e R$ 7,50 (meia-entrada). A meia-entrada é valida para estudantes, professores, doadores de sangue e idosos (acima de 60 anos), com a apresentação de seu respectivo comprovante.

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