Com show obscuro, hipnótico e explosivo, Nine Inch Nails toca no Lolla
Com a turnê do mais recente álbum “Hesitation Marks” (2013), o Nine Inch Nails subiu ao palco Onix durante a terceira edição do Lollapalooza Brasil, neste sábado (5), em apresentação intensa e carregada em recursos visuais grandiosos – deixando para trás a sonoridade pop rock mais ensolarada de grupos como Imagine Dragons e Phoenix, que […]
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Com a turnê do mais recente álbum “Hesitation Marks” (2013), o Nine Inch Nails subiu ao palco Onix durante a terceira edição do Lollapalooza Brasil, neste sábado (5), em apresentação intensa e carregada em recursos visuais grandiosos – deixando para trás a sonoridade pop rock mais ensolarada de grupos como Imagine Dragons e Phoenix, que tocaram no festival antes de Trent Reznor assumir o microfone.
Como o vocalista contou em diversas entrevistas no ano passado, a estrutura desta excursão musical foi inspirada no clássico registro do Talking Heads, o show “Stop Making Sense”, de 1983. Entre os recursos de fumaças e focos de luz, o destaque fica para os painéis de led que atuam mais como “telões rolantes” – eles que costumam ficar situados no palco junto aos músicos, deslocando-se constantemente e exibindo imagens que vão se alterando conforme do clima das canções.
Para a apresentação deste sábado, a banda veio com estrutura mais enxuta, porém não menos potente. Os paineis ficaram fixos no fundo do palco e não tiveram variações de imagem – mas ofereceram intensos focos de luz que também se alteravam de acordo com a intensidade do que era tocado pelos músicos. O resultado do cuidado estético estudado por Reznor é a impressionante inserção do público na atmosfera soturna, vigorosa e violenta que o Nine Inch Nails propõe com seu rock industrial que mistura instrumentos orgânicos a elementos de música eletrônica.
Como em 2014 o renomado disco “The Downward Spiral” completa 20 anos, o frontman não deixou clássicos deste material de fora. Integraram o setlist faixas como “Piggy”, “The March of Pigs”, a linda “Hurt” (que encerrou a apresentação), entre outras. Mas “Closer”, de longe a mais famosa música do Nine Inch Nails (tanto pelos versos de conteúdo altamente sexual quanto pelo atormentador videoclipe que causou polêmica na década de 1990), ficou praticamente de fora, não fosse a inserção de um trecho dela ao final de “All Time Low”. Os fãs até pediram pela música, mas não foi dessa vez.
Entre outros clássicos que integraram o setlist estiveram “Head Like a Hole”, “Sanctified” (ambas do álbum de estreia “Pretty Hate Machine”).
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