Colombiano que viaja pela America Latina passa pela Capital colorindo as ruas com giz
Na correria do dia a dia, nem todos prestam atenção no que está ao redor. No cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de julho, um dos mais movimentados de Campo Grande, alguns apenas olharam outros nem perceberam e pisaram em uma arara que surgiu na calçada da Praça Ary Coelho. O ‘dono’ […]
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Na correria do dia a dia, nem todos prestam atenção no que está ao redor. No cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de julho, um dos mais movimentados de Campo Grande, alguns apenas olharam outros nem perceberam e pisaram em uma arara que surgiu na calçada da Praça Ary Coelho.
O ‘dono’ da arara é Leandro Villamil ou Leo, colombiano de Bogotá, que aos 26 anos, já coloriu com a sua arte as ruas da Espanha, Equador, Peru e da Bolívia. Com giz, daqueles usados em quadro-negro, ele desenha animais da fauna brasileira na calçada. Leo diz que a arte dura de dois a três dias, se não chover.
Essa é a segunda calçada da 14 de julho, que foi desenhada por ele. Do outro lado da rua, alguns metros mais para baixo, na frente de uma famosa loja de eletrodomésticos a calçada já tinha sido colorida pelos desenhos.
O trabalho na rua já rendeu frutos, Leo conta na próxima semana vai pintar no muro de uma escola pública de Campo Grande. “Uma professora viu a arte e convidou para levar o trabalho na escola. Vai ser um muro com araras, ninhos e as crianças vão pintar junto”, conta.
Leo estudou produção multimídia, mas ele diz que o curso era mais voltado para música e para ilustração feita no computador. Desenhar, ele aprendeu sozinho e diz que a natureza do Brasil chama atenção.
Para viver da arte, viajando, Leo ensina ioga, culinária vegetariana e enquanto desenha, um chapéu fica no chão, para que as pessoas que gostaram da arte possam dar uma contribuição. Na tarde desta sexta, ele foi interrompido pelos fiscais da prefeitura.
Os conhecidos ‘hippies’ que vendem artesanato na praça, ao ver a reportagem se apressaram para contar o episódio. “É uma arte e os fiscais já vieram aqui reclamar”, diz um deles. “Falei que se fosse preciso, eu tirava o chapéu, porque eu pinto por gosto”, diz.
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