Colômbia: presidente fará pedagogia da paz em 2º mandato
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que no domingo foi reeleito para um segundo mandato, disse que dedicará sua nova gestão a fazer uma “pedagogia da paz” para acabar com o conflito armado que afeta o país há 50 anos. “Um dos objetivos do meu governo a partir deste momento é fazer muito mais pedagogia […]
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O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que no domingo foi reeleito para um segundo mandato, disse que dedicará sua nova gestão a fazer uma “pedagogia da paz” para acabar com o conflito armado que afeta o país há 50 anos.
“Um dos objetivos do meu governo a partir deste momento é fazer muito mais pedagogia sobre a paz, sobre os benefícios da paz”, disse o presidente.
Para Santos, é importante explicar os detalhes das conversações de paz com a guerrilha das Farc, pois acredita que “se a gente explica bem, quaisquer das pessoas que não votaram em mim, se quiserem a paz, vão dicer que sim”.
Economista de centro-direita, Santos obteve 50,95% dos votos no segundo turno das eleições, nas quais enfrentou o candidato da oposição, Óscar Iván Zuluaga (direito), crítico das conversações impulsionadas pelo governo desde 2012 em Cuba com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a maior guerrilha do país, com cerca de 8.000 integrantes.
“O que aconteceu ontem (no domingo) nos dá um sinal e um mandado. Eu tenho estado em cima deste processo desde o início, mas o mandato que escutamos ontem nos obriga a colocar a alma e a vida neste processo”, disse.
Repetindo as palavras usadas no domingo, em seu discurso da vitória, Santos disse que vai buscar “uma paz justa” e que este processo será “sem impunidade”.
Santos, que na semana passada anunciou o início de diálogos de paz com a segunda guerrilha do país, o Exército de Libertação Nacional (ELN, guevarista), integrada por pelo menos 2.500 combatentes, afirmou que se dedicará intensamente a alcançar o final do conflito, que “é o que o país quer”.
Ele deixou nesta segunda-feira a porta aberta à entrada de partidos de esquerda, se assim desejarem, mas lembrou que a maioria dos líderes de esquerda que apoiaram sua candidatura deixaram claro que continuarão na oposição.
“A oposição é bem-vinda, disso se trata a democracia”, apontou, para ressaltar que não vê “nenhuma dificuldade do governo em manter as maiorias no Congresso para passar as leis necessárias”.
Também afirmou que com a eleição de domingo a democracia colombiana “saiu fortalecida”, tomando para si as palavras da Organização dos Estados Americanos (OEA) no sentido de que o pleito foi realizado “com total transparência e que tornava desproporcional falar de algum tipo de fraude”
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