Clima volta a ficar tenso em Guarapuava; agentes são agredidos

Depois de um início de tarde relativamente tranquilo, presos da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) voltaram a agir com violência por volta das 16h30 desta terça-feira (14). Três reféns – que seriam agentes penitenciários – foram levados pelos presos ao telhado. Um deles está amarrado em um colchão e os detentos ameaçam atear fogo, enquanto […]

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Depois de um início de tarde relativamente tranquilo, presos da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) voltaram a agir com violência por volta das 16h30 desta terça-feira (14).

Três reféns – que seriam agentes penitenciários – foram levados pelos presos ao telhado. Um deles está amarrado em um colchão e os detentos ameaçam atear fogo, enquanto outro está rendido com uma foice no pescoço.

Os reféns são agredidos a todo instante, para desespero dos familiares dos agentes que estão do lado de fora da penitenciária.

Uma nova negociação teria sido iniciada às 16h, mas fracassou. Na pauta de reivindicações, segue o pedido de transferência urgente de pelo menos 15 presos, além da garantia de que não haverá represálias quando eles se entregarem.

Erro em transferência

O diretor presidente do Sindicato Dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Antony Johnson, apontou um erro na transferência de presos para a PIG. Segundo ele, detentos que estavam em unidades onde foram registradas outras rebeliões – como a ala II da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP II) – foram mandados para Guarapuava.

“A PIG até então era uma unidade modelo. Entendemos que houve um erro nas movimentações do presos. Detentos da PEP II que participaram da última rebelião no Estado foram misturados no local”, destacou.

Johnson informou que a PIG abriga atualmente 240 detentos e possui capacidade para o mesmo número. Os presos podem trabalhar e estudar no local. A segurança no interior do presídio em feita em média por 18 agentes por plantão.

O representante do sindicato reforçou o pedido da classe ao governador Beto Richa (PSDB) por mais segurança nos presídios. Antony Johnson lembrou que esta é a 21ª rebelião em dez meses no Paraná. 43 agentes penitenciários foram mantidos como reféns em todos os motins.

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