Casal diz que foi vítima de racismo e expulso de loja no Centro de Campo Grande

Segundo Maristela, após comprarem roupas íntimas e dois conjuntos para a filha, foram ao balcão para pagar, onde foram ofendidos pela dona da loja

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Segundo Maristela, após comprarem roupas íntimas e dois conjuntos para a filha, foram ao balcão para pagar, onde foram ofendidos pela dona da loja

Um casal diz que foi vítima de racismo em uma loja de roupas no Centro de Campo Grande, na tarde desta quinta-feira (8). Maristela Cavalcante Martins (28), e seu marido Jucileno Silva Coelho de 28 anos, que é aposentado por conta de problemas psiquiátricos foram até um comércio de roupas onde teriam sido ofendidos, inclusive com cunho racista, pela dona da loja, que fica na avenida Calógeras.

Maristela conta que chegaram ao local por volta de 16h30, para comprarem roupas para a filha de 3 anos. “Na hora em que estávamos comprando, ela já ficava chamando a atenção da vendedora que é bem educada por sinal, ficava gritando e chamando ela toda hora, até ai tudo bem”, disse a dona de casa.

Segundo Maristela, após comprarem roupas íntimas e dois conjuntos para a filha, foram ao balcão para pagar, onde foram recebidas pela dona da loja. “As compras deram R$ 34, eu dei R$ 40, aí ela me perguntou se eu tinha R$ 4, pra ela me voltar R$ 10. Na hora eu disse, eu tenho R$ 2 serve? Foi quando ela sugeriu que eu pegasse uma meia de R$ 1 pra ela me dar R$ 5 de troco. Quando eu falei que não queria, eu queria meu troco só isso”.

Ainda de acordo com a dona de casa a proprietária disse: “compra calcinha de um real, e ainda quer exigir”. “Foi quando eu falei, nossa que atendimento”, momento em que a empresária teria começado a discutir com Jucileno. O casal conta que em nenhum momento ofenderam a mulher.

“Ela começou a dizer, seu preto, vagabundo sai daqui”, e os empurravam para fora do estabelecimento, dizem. “Se você é homem de verdade, então me bate seu preto v…., vocês são um bando de vagabundo, ela disse depois”.

“Mesmo na calçada, quando eu ligava para a PM, ela ainda xingava, e eu disse pra ela, pra que isso moça? A gente não está roubando, fazendo nada, pra que fazer isso?”, disse Maristela sobre a dona da loja, onde inclusive chegaram a fazer uma compra de R$ 900 no ano passado. “Naquele dia, ela nos tratou super bem”, disse.

No momento em que a polícia chegou ao local, ela não estava mais lá. Dali, ela e Jucileno foram ao Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Centro, onde fizeram um boletim de ocorrência por se a injúria consiste na utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

Como o casal procurou a delegacia após o horário comercial, a reportagem não conseguiu contato com a responsável pelo comércio. O Midiamax irá até a loja nesta sexta-feira (9), tentar ouvir a suposta autora.

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