Cansados de esperar, vizinhos se unem e pagam por limpeza em campo de futebol no São Conrado

O campinho de futebol do bairro São Conrado mais parecia um depósito de lixo. Em meio aos entulhos, as crianças ficavam impedidas de brincar, jogar bola e se divertirem. Sem dizer o risco de juntar bichos peçonhentos e por consequência transmitir doenças. Diante desse cenário, Gustavo Martins Zandonadi, 38 anos, comerciante, e Andrea Chaves, 44 […]

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O campinho de futebol do bairro São Conrado mais parecia um depósito de lixo. Em meio aos entulhos, as crianças ficavam impedidas de brincar, jogar bola e se divertirem. Sem dizer o risco de juntar bichos peçonhentos e por consequência transmitir doenças.

Diante desse cenário, Gustavo Martins Zandonadi, 38 anos, comerciante, e Andrea Chaves, 44 anos, advogada, decidiram pagar do próprio bolso alguém que fizesse a limpeza e retirasse o lixo do campinho. Ao todo eles gastaram R$ 180,00, R$ 90 para capinar o campo e mais R$ 90,00 para o caminhão tirar o entulho.

Gustavo reclama que é duro pagar tantos impostos, trabalhar honesto e ainda ter que pagar com dinheiro próprio ações que deveriam ser do poder público. “Fico muito triste com tudo isso. Não sei o que acontece entre Câmara Municipal e Prefeitura, sei que as coisas não estão andando e quem sofre é a população”, reclama.

“Isso aqui estava esquecido. No inicio era tudo arrumado. Tinha grade, tela, caixa d’agua. Mas ninguém fez manutenção até que virou um deposito de lixo”, emenda. “O pessoal que joga bola chegou a pedir por diversas vezes que limpasse, mas em vão”, revela.

Lombadas

Outro problema apontado por ele eá falta de uma lombada na frente do campinho. Como está sem rede a bola costuma atravessar e as crianças saem correndo para pegar o brinquedo, correndo riscos de acidente. “Já levei na Assembleia Legislativa, na Câmara Municipal, na Prefeitura, em tudo quanto é lugar pedido para a colocação de uma lombada. Mas nada”, reclama.

“O jeito é ficar de olho nas crianças”, conclui.

Alerta

O filho dele Gabriel Britto, 12 anos, estudante, sabe que não dá para bobear. O adolescente conta que já teve bola perdida por que foi ‘atropelada’ por um carro. “A gente já perdeu bola aqui. Ela atravessa e a gente sai para pegar. Mas tem vez que o carro pega”, conta.

Outra preocupação do jovem é machucar algum motociclista. Consciente, ele diz que tem receio de a bola acertar algum motociclista e este cair e se machucar. “è um risco. Tomamos cuidado”, diz.

Sobre a mudança no campinho, ele e o amigo Odmir Botelho, 14 anos, estudante, contam que agora está bom para brincar porque além de não ter lixo, não há mais pedras, nem cacos de vidros, que por muitas vezes, eles tinham que retirar para começar a pelada.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a prefeitura que informou que se pronunciaria nesta quinta-feira (30).

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