Campo-grandense de coração testa seus limites em corrida na Patagônia

Já imaginou participar de uma corrida de três dias e 103 quilômetros que começa em um vulcão no Chile e termina em outro na Argentina? Se você é uma das pessoas que não se imaginam fazendo uma coisa dessas, o publicitário natural de São Paulo, mas morador de Campo Grande desde 2012, Fábio Corazza de 40 […]

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Já imaginou participar de uma corrida de três dias e 103 quilômetros que começa em um vulcão no Chile e termina em outro na Argentina? Se você é uma das pessoas que não se imaginam fazendo uma coisa dessas, o publicitário natural de São Paulo, mas morador de Campo Grande desde 2012, Fábio Corazza de 40 anos, prepara as malas (e o corpo) para participar da 13ª edição da corrida El Cruce de los Andes. A competição será disputada na Patagônia chilena e argentina entre os dias 7, 8 e 9 de fevereiro e contará com a participação de corredores de mais de 30 países.

De acordo com Fábio, que embarca para o Chile nesta segunda-feira (3), a corrida é indicada para quem gosta de aventura e quer enfrentar um desafio extremo “dentro” das montanhas, portanto, a prova requer um nível de comprometimento, preparo físico e capacidade de adaptação maior que as outras corridas.

“Já participei de corridas de montanha em alguns Estados do Brasil e até mesmo no deserto do Atacama no Chile, mas esta é a primeira vez que participo de uma prova assim. Durante a competição, irei enfrentar frio, vento, chuva, percursos longos com muito desnível, cansaço e todos os imprevistos que implicam estar nas montanhas”, conta Fábio.

O publicitário, no entanto, revela que só resolveu participar da “El Cruce de los Andes” depois de aumentar gradativamente a distância dos treinos e das provas que participou, apesar de ter como características a vontade de superação, ultrapassar os meus limites e procurar novos desafios.

“Recomendo a todos que pretendem começar a praticar qualquer tipo de prova, aumentar o volume e a intensidade desta atividade física aos poucos, caso contrário, o atleta vai conviver com lesões que vão acabar tirando o seu condicionamento físico e como consequência vai forçar o atleta a começar tudo de novo”, explica o participante.

Preparação

Apesar de Campo Grande não contar com montanhas ou morros, Fábio procurou nos últimos três meses simular algumas situações que vai enfrentar na corrida em alguns locais na Capital. Para enfrentar trilhas e desníveis correndo, o publicitário correu na grama do Parque das Nações Indígenas e do Parque do Sóter, onde desviou de troncos, pedras, buracos, poças d’água e até mesmo de capivaras, corujas e outras aves presentes em nossos parques.

Já para simular o esforço da subida em uma montanha, a antiga Furnas (rua lateral do Shopping Campo Grande) e a subida da Via Parque foram os locais escolhidos por Fábio para subir e descer repetidas vezes em busca de um preparo físico melhor nas condições que vai enfrentar na Patagônia.

A corrida

A corrida El Cruce de los Andes, também conhecida como El Cruce Columbia, está em sua 13ª edição e será realizada nos dias 6, 7 e 8 de fevereiro em dupla e nos dia 7, 8 e 9 de fevereiro na categoria individual.

A corrida que pela primeira vez terá a disputa individual, vai percorrer uma distância de 103 quilômetros, dividida em três trechos de 39 , 31  e 33 quilômetros, respectivamente. Neste ano a largada será no Chile, ao pé do Vulcão Osorno, e a chegada será na Argentina, próximo do vulcão Puyehue.

Este tipo de prova apresenta dificuldades diferentes das conhecidas corridas de rua, pois impõe muitas variações de clima, relevo, dificuldades do percurso em si, pois passa por dentro de rio, lagoas e até as adversidades presentes nas Cordilheiras, como variações bruscas de temperatura, possibilidade de tempestades, e a neve e gelo que ainda não descongelaram totalmente.

As etapas serão duras, rodeando os vulcões com importantes desníveis, e a travessia da fronteira será feita em CardenalSamore, onde todos os atletas deverão apresentar o seu passaporte ou RG, documento obrigatório para imigração, caso contrário serão desclassificados e deverão retornar a largada, pois não poderão atravessar a fronteira.

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