Campeã de trotes na Capital acaba presa por desrespeitar medida protetiva

A jovem muitas vezes ligou para o 190 e 193 relatando falsas situações de crimes

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A jovem muitas vezes ligou para o 190 e 193 relatando falsas situações de crimes

Uma mulher identificada apenas como Ketlyn de 22 anos, velha conhecida do Ciops (Centro Integrado de Operações Especiais), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, foi presa na tarde desta sexta-feira (26), por desrespeitar uma medida protetiva.

Por conta de inúmeras importunações desde 2010, e inclusive por falsas comunicações de crimes, a Justiça proibiu a jovem de se aproximar de Alexandre Lajes da Silva de 26 anos. O motivo de tantas perturbações seria por conta do amor não correspondido que ela sente por Silva. Ela nega tudo, e diz que nunca passou trote.

A jovem muitas vezes ligou para o 190 e 193 relatando falsas situações de crimes ou ocorrências, na qual Alexandre supostamente estaria envolvido, além de trotes no local onde o rapaz trabalha. “Eu não agüento mais”, conta sobre a perseguição, que segundo ele começou na escola.

O rapaz estava em seu serviço, uma coveniência na Avenida Manoel da Costa Lima, quando Ketlyn desrespeitou a ordem judicial na tarde desta sexta.

Por isso ela foi presa por policiais militares do 10° BPM e foi levada ao Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Piratininga. A empresária Santana Carvalho, dona da conveniência diz que convive há quatro anos com as importunações.

Em uma matéria do Midiamax, de outubro deste ano, Santana disse que viaturas dos Bombeiros e da  PM, foram acionados mais de dez vezes em 2014. No último trote, ela ‘avisou’ sobre um homem ferido com vários tiros de arma de fogo nas costas.

“Alguns bombeiros, que já são conhecidos nossos, ligam antes de vir aqui para saber se é verdade ou não”, conta à comerciante que já ganhou até o apelido de ‘tia’ pelos militares.

Já no mês de novembro, Ketlyn também acionou o Corpo de Bombeiros, e passou a falsa informação de que havia um crime e deu o endereço do rapaz, na Vila Progresso.

A perseguição da garota começou no ensino médio. Ele chegou a namorar uma amiga dela e quando houve o rompimento, Ketlyn teria visto uma chance com ele. Porém, Alexandre diz que nunca se interessou pela garota que desencadeou a perseguição.

O trote é crime e está previsto em lei. De acordo com o Código Penal Brasileiro, ele aparece como ‘Comunicação Falsa de Crime ou de Contravenção’ e está no artigo 340:

“Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado: Com pena – detenção, de um a seis meses, ou multa”.

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