Bruno é transferido para a penitenciária de segurança máxima

O goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado pela morte da ex-amante Eliza Samudio, foi transferido nessa sexta-feira (20) para a Penitenciária de Segurança Máxima Francisco Sá, em Minas Gerais. Bruno já estava preso desde julho de 2010 no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem-MG, na região metropolitana de Belo Horizonte. Bruno deu entrada na unidade […]

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Bruno deu entrada na unidade prisional por volta das 13h horas, após ser escoltado, desde Belo Horizonte, por agentes do Cope (Comando de Operações Especiais) do Sistema Prisional. O goleiro fez cadastro na penitenciária e passou por um primeiro atendimento médico, jurídico e psicológico.

A Suapi (Subsecretaria de Administração Prisional) autorizou a transferência de Bruno após pedido dos advogados do preso, após avaliar questões de segurança e obter a validação também da Justiça.

A Penitenciária de Segurança Máxima Francisco Sá é formada unicamente por celas individuais. A penitenciária possui capacidade para 300 detentos presos e atualmente abriga 323, segundo a Suapi. A transferência de Bruno foi autorizada no dia 10 de junho.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após sair do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte.

O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Depois de serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão.

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado.

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo. O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado.

Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, foi condenado a 22 anos em abril de 2013.

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