Barack Obama é pop ou, pelo menos, tenta ser

Depois de alcançar de R$ 2,4390 na máxima do dia, o dólar perdeu força no fim da tarde, acompanhando o mercado externo e também refletindo a entrada de recursos por parte dos exportadores. O dólar comercial encerrou em queda de 0,12% a R$ 2,4120. Na semana, o dólar sobe 0,63% e acumula alta de 2,33% […]

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Depois de alcançar de R$ 2,4390 na máxima do dia, o dólar perdeu força no fim da tarde, acompanhando o mercado externo e também refletindo a entrada de recursos por parte dos exportadores.

O dólar comercial encerrou em queda de 0,12% a R$ 2,4120. Na semana, o dólar sobe 0,63% e acumula alta de 2,33% no mês. O contrato futuro avançava 0,10% para R$ 2,433.

A “disputa” pela Ptax, que será usada para a liquidação dos contratos de derivativos cambiais que vencem no fim do mês, ajudou a adicionar volatilidade ao mercado. Segundo o tesoureiro de um banco nacional, estrangeiros e investidores institucionais, que detêm quase a totalidade da posição comprada em dólar nos mercados futuro e de cupom cambial, tentaram recuperar hoje parte do prejuízo de ontem, quando a Ptax caiu 0,71%.

A Ptax fechou hoje em alta de 0,16%, para R$ 2,4263. No mês, os comprados saíram “vencedores”, já que essa taxa de câmbio de referência acumulou valorização de 3,57%.

No mercado interno, a alta do dólar atraiu a entrada de exportadores, que venderam dólares, o que ajudou a conter a valorização da moeda americana.

Ao longo da manhã, contudo, a pressão de alta decorreu principalmente de uma nova de venda de moedas emergentes decorrente de um movimento de reversão das operações de “carry tarde”, que buscam ganhar com a arbitragem de taxa de juros, que levou a uma valorização do iene frente dólar, que subia 0,35%.

Nessas operações, os investidores tomam empréstimos em moedas de países com juros muitos baixos, como o iene, para aplicar em moedas com taxas de juros mais altas como o real. No entanto, a tensão se abrandou, abrindo espaço para que essas moedas zerassem ou diminuíssem as perdas, o que se refletiu também no mercado doméstico.

Diante do cenário de menor liquidez global e desaceleração econômica na China, que deve afetar o crescimento de mercados emergentes como o Brasil, os investidores tem promovido uma fuga de ativos de maior risco para aplicar em ativos considerados portos seguros como os títulos do Tesouro americano (Treasuries).

Com o estresse verificado nos mercados nos últimos dias, o Banco Central promoveu hoje alguns encontros com os agentes do mercado para  falar sobre  a situação atual. Esses encontros aconteceram em São Paulo com o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton. Nessas conversas, o diretor disse que o Brasil será menos afetado pela atual instabilidade internacional e, portanto, não há razão para o mercado especular com uma aceleração do ritmo de aperto monetário neste momento.

O BC ainda realizou hoje a rolagem de US$ 2,3 bilhões em linha de dólar com compromisso de recompra. A rolagem foi realizada por meio de duas operações. na primeira, com data de recompra para 5 de maio, o BC vendeu dólares a R$ 2,4286 e irá recomprar por R$ 2,481749. Na segunda operação, com recompra programada para 4 de agosto, a taxa de venda saiu a R$ 2,4286 e de recompra a R$ 2,542041. A autoridade monetária ainda vendeu 4 mil contratos de swap cambial, cuja operação totalizou US$ 197,6 milhões, como parte do programa de intervenção.

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