Após agressão, mototaxista e cúmplices levam motocicleta da vítima, pioneira na profissão
Na última quarta-feira (26 de março), duas mototaxistas protagonizaram uma briga por conta da transferência de um alvará que foi negado pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande). Com a negativa da concessão, e a desistência do negócio de uma das partes, o caso terminou na agressão e o desaparecimento da […]
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Na última quarta-feira (26 de março), duas mototaxistas protagonizaram uma briga por conta da transferência de um alvará que foi negado pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande). Com a negativa da concessão, e a desistência do negócio de uma das partes, o caso terminou na agressão e o desaparecimento da motocicleta da vítima.
A equipe do Midiamax apurou que as duas mototaxistas têm alvará para atuar, porém uma delas, apenas identificada como Janete, fez uma proposta para ter a concessão do alvará da colega de ponto.
As duas iniciaram a tramitação, e uma parte do pagamento foi feita. Com a recusa da proposta pela agência, a vítima acabou desistindo de transferir o alvará e prometeu devolver o dinheiro para Janete, porém ela se recusou a receber a quantia, pois havia interesse na licença, conforme informações apuradas.
No dia 26 a mototaxista, acompanhada do marido e mais um homem, foi até o ponto de trabalho de ambas, com a intenção de pegar o alvará. A mulher se recusou a entregar o documento e iniciaram as agressões.
Com o intuito de forçar a mototaxista a entregar o alvará, o trio fugiu com a motocicleta da vítima, que está registrada no nome dela. O veículo é a Factor YBR 125, de cor branca, placas HTM-0953.
AMEAÇAS
O caso foi registrado na Polícia Civil, e a vítima passou por exame de corpo de delito. Pelo corpo, há diversas marcas das agressões sofridas pela mototaxista que está sem trabalhar há uma semana.
A vítima foi coagida e xingada por diversas vezes. Já a testemunha, que teve o nome preservado e fez o vídeo foi ameaçada pelo marido agressor da mototaxista, “não se mete, seu vagabundo, que eu vim para resolver na bala, safado, vou te pegar, não se mete”.
Quem esteve no local durante a confusão, afirma que os dois homens estavam armados e foram rudes.
DENUNCIAS
Há quase cinco anos, mototaxistas denunciaram que algumas pessoas mantêm a concessão de mais de um alvará, porém não podem transferir para o próprio nome. A transferência é válida apenas para quem ainda não tem o título.
Com isso, há faz-se um ‘contrato de gaveta’, onde o alvará continua no nome do titular, mas o documento fica com quem pagou, e é contratado um auxiliar para que esse fature com o veículo, que é vinculado àquele alvará.
A denúncia veio à tona, depois que o MPT (Ministério Público do Trabalho) tomou ciência que muitos auxiliares estavam sendo contratados desta forma e ao serem dispensados, não tinham garantias trabalhistas.
PIONEIRA
A mulher que foi agredida está sem poder sustentar a família. A única renda dela era com o veículo, que utilizava para exercer a função de mototaxista.
A mototaxista, que teve o nome preservado, contou à equipe do Midiamax que ela é pioneira nesta função. “Consegui por mérito este alvará, com muito esforço mesmo, só quem está próximo a mim sabe disso. Há pelo menos 14 anos tenho este documento”, explica.
Ela frisa que está recebendo ajuda de amigos e familiares. “Sempre sustentei minha família e tive orgulho disso, agora estou recebendo ajuda dos outros, não está faltando nada, porque tem muita gente de bom coração próximo a mim, mas é diferente”, alega.
DIVULGAÇÃO
A vítima contou que a família sabia dos fatos, porém depois que o vídeo caiu na internet, eles estão apavorados. “Nunca escondi nada de ninguém, mas é diferente você falar para os seus filhos o que aconteceu com você, do que eles verem a mãe apanhando daquela forma. Eles estão abalados, não sei quem propagou isso, mas a dor está sendo maior”.
Ela conta que tem vontade de trabalhar e quer a motocicleta de volta. “Está tudo nas mãos da justiça, nunca fugi de dívida nenhuma, mas também nunca agredi ninguém para conseguir algo, só quero trabalhar”, fala e indaga, “como será agora, pois trabalhamos no mesmo ambiente, pensa no clima, em trabalhar em um local onde tudo isso aconteceu?”.
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