Animação “Frozen…” atualiza história de Hans Christian Andersen

Em “Frozen-Uma Aventura Congelante” os estúdios Disney voltam aos contos de fadas repletos de amor, música e finais felizes, numa animação que não fica nada a dever aos clássicos ou aos sucessos recentes do mesmo quilate, como “Enrolados” (2010) e “Detona Ralph” (2012). Com uma produção e arte impecáveis, história envolvente e humor acertado, a […]

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Em “Frozen-Uma Aventura Congelante” os estúdios Disney voltam aos contos de fadas repletos de amor, música e finais felizes, numa animação que não fica nada a dever aos clássicos ou aos sucessos recentes do mesmo quilate, como “Enrolados” (2010) e “Detona Ralph” (2012).

Com uma produção e arte impecáveis, história envolvente e humor acertado, a narrativa ainda traz muita ação. O filme circula em versão dublada, convencional ou 3D.

A animação é inspirada no conto do dinamarquês Hans Christian Andersen (1805 -1875), “A Rainha do Gelo”, pouco conhecido no Brasil, mas clássico na Europa. No entanto, é preciso dizer que se trata de uma adaptação bastante livre, pois o roteiro não apenas mudou completamente o enredo, como também grande parte de sua simbologia, mantendo apenas a ideia final -e mais importante- de que o amor é o principal instrumento de salvação dos personagens.

Na versão Disney do conto, Anna e Elsa são duas princesas do reino Arendelle. Porém, Elsa guarda um segredo que a mantém isolada no castelo: ela tem o poder de controlar a neve. Quando os pais morrem em um naufrágio, Elsa é coroada rainha, mas sem querer congela todo o reino e acaba fugindo por medo.

Anna, que passa a entender ali porque a irmã nunca esteve presente em sua vida, sai em busca de Elsa. É nessa empreitada em que conhece Kristoff e sua rena Sven, vendedores de gelo em crise depois que o país congelou, assim como o divertido boneco de neve Olaf (voz de Fabio Porchat), que sonha ingenuamente passar o verão ao sol na praia.

Um ponto interessante nesta história é a mudança do enredo clássico Disney. O núcleo central é a relação das irmãs, de onde surge o “amor verdadeiro”, que até então selava o destino dos príncipes e princesas. Embora as animações sejam repletas de personagens femininas fortes, aqui elas são responsáveis pelo final feliz. O que causa estranheza nesse ponto é o apressado desfecho, pouco comum para filmes infantis.

Curiosamente, é preciso prestar muita atenção em “Frozen…” para não perder nenhuma de suas muitas referências. Quando os portões do castelo são abertos, Rapunzel e o príncipe Flynn (de “Enrolados”) são alguns dos convidados. Os doces da coroação de Elsa vieram de Sugar Rusch (de “Detona Ralf”). Até Mickey Mouse está presente como um boneco na estante de Anna. Por último, o que consta no site da Disney como “uma percepção dos internautas”, é a semelhança do rei de Arendelle, pai das protagonistas, com o jovem Walt Disney.

Outro ponto importante nesta animação é a excelente trilha sonora, ora estilo Broadway, ora lembrando as produções do estúdio nos anos de 1990. “For the First Time”, “Do you Want to Build a Snowman?”, “Love Is an Open Door”, “In Summer” e, finalmente, a principal “Let it Go”, tornando Frozen… uma experiência, mais do que uma projeção.

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