Americanos mortos em Gaza eram “soldados solitários” do Exército de Israel
Dois norte-americanos mortos ao participarem de operações militares na invasão terrestre à Gaza eram “soldados solitários”, como são chamados aqueles que se voluntariam para lutar por Israel. Iniciado há 15 dias, o conflito deixou 609 palestinos mortos e mais de 3.700 feridos. Do lado israelense, 30 soldados foram mortos. O serviço militar para israelenses que […]
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Dois norte-americanos mortos ao participarem de operações militares na invasão terrestre à Gaza eram “soldados solitários”, como são chamados aqueles que se voluntariam para lutar por Israel. Iniciado há 15 dias, o conflito deixou 609 palestinos mortos e mais de 3.700 feridos. Do lado israelense, 30 soldados foram mortos.
O serviço militar para israelenses que deixaram o país antes dos 15 anos ou nunca moraram lá não é obrigatório. Mas para muitos desses “soldados solitários”, integrar as Forças Armadas de Israel é uma forma de reencontrar as próprias raízes.
“Há ao menos 2.000 desses combatentes em serviço atualmente”, disse a porta-voz do Consulado Geral de Israel em Los Angeles (EUA), Marina Rozhansky.
Um dos mortos, o norte-americano Max Steinberg, 24, cresceu no sul da Califórnia no vale de San Fernando. Ele entrou para o serviço militar de Israel seis meses depois de visitar o país, durante férias em 2012. O irmão dele, Jake Steinberg, disse à “Associated Press” que Max era atirador de elite da Brigada Golani e estava entre os 13 soldados mortos no início da invasão terrestre à Gaza na semana passada.
“Ele foi para lá e sentiu uma conexão com Israel, viu ali um lugar em que podia viver, ter sucesso e foi para lá”, disse o irmão.
O segundo soldado norte-americano morto era Nissim Sean Carmeli, 21, da ilha de South Padre, no Texas. Ele mudou-se para Israel há quatro anos.
Entre os “soldados solitários” estão homens e mulheres, de ascendência judaica, que deixam suas casas e famílias para se juntar às Forças Armadas de Israel.
“Soldados solitários são como estrelas em Israel”, afirma o “Jewish Journal”. Isso porque para os jovens em Israel o serviço militar é como um rito de passagem obrigatório.
Porém, para aqueles que vivem no estrangeiro, é preciso abandonar um padrão de vida totalmente diferente –e tido como “confortável” se comparado ao ambiente de constante tensão vivido em Israel. Assim, esses “estrangeiros” são recebidos como heróis ao integrarem as Forças Armadas do país.
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