Aeroporto de Caracas cobra dos passageiros taxa para respirar

O aeroporto internacional de Caracas está com um novo imposto polêmico: agora os passageiros têm que pagar uma taxa de quase US$ 20 (aproximadamente R$ 44) para respirar. O preço cobrado será usado para custear um novo sistema de purificação de ar que, de acordo com o governo, vai ajudar a eliminar poluentes no meio […]

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O aeroporto internacional de Caracas está com um novo imposto polêmico: agora os passageiros têm que pagar uma taxa de quase US$ 20 (aproximadamente R$ 44) para respirar. O preço cobrado será usado para custear um novo sistema de purificação de ar que, de acordo com o governo, vai ajudar a eliminar poluentes no meio ambiente, além de proteger a saúde dos usuários. A novidade gerou denúncias entre os venezuelanos, que se disseram chocados em ter de pagar pelo ar.

O tributo entrou em vigor no dia 1º de julho e o pagamento deve ser efetuado por todos os passageiros nacionais e internacionais para as companhias aéreas no momento do check-in. O Ministério do Transporte Aéreo e Marítimo venezuelano afirmou em um comunicado que essa é a primeira vez que um aeroporto na América do Sul e no Caribe usa essa tecnologia, empregada para eliminar as bactérias e sanitizar o prédio. No entanto, a medida causou críticas entre os cidadãos que denunciaram a taxa com humor.

“Alguém pode me explicar essa história de ozônio? Os vasos sanitários não têm água, o ar condicionado está quebrado, cachorros andam soltos dentro do aeroporto, mas ozônio não falta?”, questionou o apresentador de rádio Daniel Martínez pela sua conta no Twitter.

Os venezuelanos reclamam que a infraestrutura do terminal é precária e que as temperaturas dentro do aeroporto não são agradáveis. Além disso, alguns expressaram a preocupação de que a taxa se torne uma nova fonte de corrupção. Outros a veem como um exemplo da falta de dinheiro do aeroporto.

A maior parte das companhias aéreas internacionais reduziu o número de voos para o país devido a uma disputa financeira com o governo venezuelano. A American Airlines, por exemplo, terá 80% menos voos a partir de julho. A decisão aconteceu em meio a uma disputa sobre a repatriação de receitas devido ao forte controle cambial no país.

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