Acordo de cessar-fogo na Ucrânia passa a valer a partir das 18h desta sexta

O protocolo para um cessar-fogo assinado nesta sexta-feira (5) entre o governo da Ucrânia e os separatistas pró-Rússia que ocupam partes do leste ucraniano deve ter início às 18h de hoje no horário local (12h em Brasília), de acordo com anúncio do presidente Petro Poroshenko após reunião com representantes dos rebeldes em Minsk (Belarus). Poroshenko […]

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O protocolo para um cessar-fogo assinado nesta sexta-feira (5) entre o governo da Ucrânia e os separatistas pró-Rússia que ocupam partes do leste ucraniano deve ter início às 18h de hoje no horário local (12h em Brasília), de acordo com anúncio do presidente Petro Poroshenko após reunião com representantes dos rebeldes em Minsk (Belarus).

Poroshenko confirmou o acordo em sua conta no Twitter, sem dar mais detalhes.

“Nós devemos fazer tudo o que for possível e impossível para encerrar o derramamento de sangue e dar um fim ao sofrimento da população”, declarou o presidente em seu site oficial.

“Considerando o pedido de cessar-fogo pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, direcionado aos chefes dos grupos armados ilegais em Donetsk, e a assinatura de um protocolo na reunião trilateral para a implementação do plano de paz do presidente da Ucrânia, ordeno que o Chefe Geral das Forças Armadas da Ucrânia cesse o fogo a partir de 18h, no dia 5 de setembro.”

Segundo o comunicado, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia e a OSCE devem fazer o controle internacional do cumprimento do regime de cessar-fogo, “que deve ser exclusivamente bilateral”.

Serhiy Taruta, governador da autoproclamada República de Donetsk, região que concentra o comando separatista e onde ocorre a maior parte dos conflitos entre milicianos e tropas do governo, também confirmou a assinatura do protocolo.

À agência de notícias Reuters, um dos líderes da também autoproclamada República de Luhansk, Igor Plotnitsky, disse que o cessar-fogo não altera o desejo de emancipação da Ucrânia.

“O cessar-fogo não significa o fim da nossa política de separação”, afirmou Plotnitsky.

Participaram da reunião em Minsk representantes de Donetsk e Luhansk, o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma e o embaixador russo na Ucrânia, Mikhail Zurabiov.

Em uma reunião de gabinete transmitida pela TV ucraniana, o primeiro-ministro do país, Arseny Yatseniuk, afirmou que o plano de paz deve incluir três elementos: um cessar-fogo, a retirada das “forças russas e bandidos e terroristas russos”, assim como o restabelecimento da fronteira da Ucrânia com a Rússia.

É possível que essa trégua e uma provável negociação de acordo entre os dois países altere o posicionamento das potências ocidentais quanto às sanções econômicas aplicadas à Rússia em decorrência do suposto apoio militar dado aos separatistas. Mas, por enquanto, estão mantidos os embargos, embora Moscou nunca tenha reconhecido que deu suporte aos milicianos.

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