Vítimas de incêndio em boate terão assistência ampliada

Pacientes que receberam alta e necessitam de acompanhamento médico vão continuar tendo assistência médica

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Pacientes que receberam alta e necessitam de acompanhamento médico vão continuar tendo assistência médica

Durante entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (5), em Porto Alegre (RS) foi definida a criação de uma rede de serviços de assistência aos pacientes, vítimas do incêndio ocorrido no último dia 27 de janeiro, na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que estão recebendo alta e necessitam de acompanhamento médico. A intenção é formar um grupo de profissionais da área especializada e de atenção primária, com objetivo de monitorar cada paciente, após a alta médica.

O diretor do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), do Ministério da Saúde, Carlos Eduardo Nery Paes, que atua no atendimento às vítimas do incêndio reafirmou, durante a coletiva, que os pacientes e familiares continuam recebendo a assistência médica e psicológica de maneira correta e no tempo certo. “Omomento é unir forças para apoiar as famílias das vítimas no que for necessário. É preciso que não sejam medidos esforços para recuperar esses pacientes e fazer o possível para confortar as famílias envolvidas nesta tragédia”, destacou Nery.

O médico chefe da equipe da Universidade de Toronto, no Canadá, Marcelo Cypel, especialista na técnica de ventilação extracorpórea , que chegou recentemente no Rio Grande do Sul, disse estar impressionado com a dedicação, organização e com a mobilização dos profissionais de saúde que estão cuidando das vítimas do incêndio. “Fiquei positivamente surpreso em relação aos cuidados que os pacientes estão recebendo nas UTIs, com a dedicação das equipes médicas, de enfermagem, de fisioterapia”, completa.

ATENDIMENTO -O Ministério da Saúde montou um plano de ação para atenção psicossocial aos familiares e vitimas do incêndio em Santa Maria (RS). O Núcleo de Atenção Psicossocial foi montado para atuar na situação e conta com 164 profissionais divididos em equipes.

Já foram realizados mais de 490 atendimentos desde o início da ação, entre atendimentos individuais e em grupo – por telefone, visitas domiciliares a sobreviventes, familiares das vítimas e demais pessoas que estão com sofrimento mental em decorrência do incêndio.

O Ministério da Saúde, em parceria com a secretaria estadual e a organização Médicos Sem Fronteira também está capacitando todos os voluntários e profissionais envolvidos nessas atividades.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, 81 pacientes permanecem hospitalizados, sendo 23 estão com ventilação mecânica e 58 não utilizam o dispositivo, continuam sendo atendidos nos hospitais de Santa Maria e do Estado.

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