VÍDEO: reportagem flagra motéis de Campo Grande que não pedem para comprovar idade
Após o caso de uma menina de 16 anos de idade que entrou em um motel com três homens e acabou estuprada, o Midiamax realizou um teste nesta terça-feira (10). Cinco motéis foram visitados pela reportagem com um veículo disfarçado e apenas dois solicitaram o documento de identificação da acompanhante. Com uma funcionária do jornal que […]
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Após o caso de uma menina de 16 anos de idade que entrou em um motel com três homens e acabou estuprada, o Midiamax realizou um teste nesta terça-feira (10). Cinco motéis foram visitados pela reportagem com um veículo disfarçado e apenas dois solicitaram o documento de identificação da acompanhante.
Com uma funcionária do jornal que tem 19 anos de idade, mas aparenta ser menor, o repórter deixou a redação às 9h45m com a missão de visitar alguns motéis da cidade para testar se existe fiscalização.
No primeiro, o Ipacaraí, no Jardim Paulista, a funcionária de pronto pediu a documentação da acompanhante. Segundo ela, que está há 10 meses no trabalho, é ordem da direção esse procedimento. “Isto é cumprido à risca para evitarmos problemas, pois assim como vocês vieram, poderia ser alguma fiscalização”, afirmou.
Já no Motel Chega Mais, também no Jardim Paulista, onde aconteceu o famoso caso Motel, no qual morreram Murilo Boarin Alcalde e a garota Eliane Ortiz, em junho de 2005, a funcionária da portaria liberou a entrada sem nenhum problema.
No Motel Classic, na saída para São Paulo, local onde teria acontecido o estupro da garota de 16 anos no último domingo (6), a documentação também foi solicitada. “É ordem da casa e temos que obedecer”, justificou a funcionária.
Indagada se o procedimento está sendo utilizado apenas depois do incidente de domingo, ela disse que no seu turno sempre pede a documentação. “O que os demais funcionários fazem em seus horários não me diz respeito. Sei que faço minha parte e cumpro com as determinações”, afirmou.
Já no Motel Gruta do Amor, que fica próximo da Avenida Guaicurus, no bairro Universitário, a entrada foi liberada sem nenhum problema. Acionado por meio do interfone, a funcionária limitou-se a disponibilizar a chave do apartamento, sem observar se havia alguém que poderia ser menor de idade no veículo.
Depois de uma volta pelo interior do estabelecimento o repórter disse que não permaneceria no local porque descobriu que a acompanhante seria menor. “Me esqueci de pedir o documento dela”, limitou-se a dizer.
No Motel Amadeus, na saída para Três Lagoas, também não houve a solicitação de documentos da acompanhante, que se fosse menor de idade teria acesso normal aos apartamentos.
O funcionário apenas esticou o braço para entregar a chave. Depois de contornar o ambiente interno, o casal deixou o local, com o repórter também comunicando suposta menoridade da acompanhante . O porteiro não disse nada, mas demonstrou ar de surpresa.
O detalhe é que na portaria de todos os motéis visitados, bem visível está o cartaz com a proibição da entrada de menores de 18 anos, mas como se viu. Nem todos fiscalizam e acatam esta determinação.
Desculpas
Em contato com os motéis flagrados, as desculpas foram as mais variadas possíveis. No Chega Mais, a funcionária disse que era o primeiro dia de emprego e que estava sozinha na portaria. “Depois que autorizei a entrada percebi que a garota poderia ser menor. Já havia acionado o segurança, mas como vocês saíram rapidamente não foi necessário a abordagem”, afirmou a funcionária que não quis se identificar.
No Amadeus,a funcionária que atendeu o telefone disse que somente quando existe suspeita quanto a idade da acompanhante é que pede a identidade. “A funcionária que os atendeu comentou o caso pois achou estranho não terem permanecido. Ela disse que observou bem a menina e viu que tinha uma aliança na mão esquerda e pensou que vocês fossem casados. Sabemos que é obrigatório a solicitação da identidade, mas muitos clientes já com certa idade sentem-se constrangidos quando é pedida a identificação. Sei que foi um vacilo e vamos corrigir a nossa forma de atender”, explicou a funcionária.
No Motel Gruta do Amor, a pessoa que atendeu a ligação disse que não estava autorizada a falar em nome do estabelecimento.
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