VÍDEO: Professores protestam na Assembleia por piso e avisam que Brasil pode parar

Professores estaduais estiveram na manhã desta terça-feira (3) na Assembleia Legislativa, pedir apoio aos deputados estaduais na mobilização para que o Congresso Nacional não altere a Lei do Piso Nacional do professores, principalmente no que diz respeito ao cumprimento da integralização do valor. O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores de Educação em MS), Roberto […]

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Professores estaduais estiveram na manhã desta terça-feira (3) na Assembleia Legislativa, pedir apoio aos deputados estaduais na mobilização para que o Congresso Nacional não altere a Lei do Piso Nacional do professores, principalmente no que diz respeito ao cumprimento da integralização do valor. O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores de Educação em MS), Roberto Magno Botareli ocupou a tribuna e afirmou que os professores do Brasil não vão aceitar mais a violência que vem sendo feita com a educação e que em fevereiro o país pode parar.

Nesta terça-feira 75% das escolas estaduais de todo o estado entraram em greve. Ao ocupar a tribuna, Botareli disse que os professores não podem mais aceitar a violência contra a educação. “A educação é um patrimônio do povo e não é tratada como patrimônio pelos governantes. Vamos nos mobilizar e esse país vai parar em fevereiro se o Congresso Nacional alterar o artigo 4 da Lei do piso nacional”, declarou.

Botareli disse que os professores apresentaram uma proposta, da qual o governador André Puccinelli (PMDB) é signatário e assinou compromisso com o presidente da Confederação dos trabalhadores em educação do Brasil. A proposta construída leva em consideração para o cálculo de reajuste o INPC (Índice Nacional de Preços para o Consumidor), mais 50% do consolidado do Fundeb, que daria um reajuste de 9% a 12%.

“Quem dá rasteira nos trabalhadores é quem oferece 5,4% de reajuste e nós não podemos aceitar. E quem não vai aceitar não são os educadores de MS, quem não vai aceitar são os trabalhadores da educação do Brasil. O país poderá ver a maior greve de todos os tempos no território nacional”, afirmou, sendo ovacionado pelo professores presentes.

O presidente da Federação, lembrou que em 2014 é ano eleitoral e fez questão de dizer que caso a educação continue sendo ratada com descaso, a resposta virá nas urnas. “O povo ta pedindo segurança pública, saúde, educação de qualidade é isso que o povo quer e o povo vai dar resposta a altura a quem quiser dar o golpe na educação pública nas urnas”, disparou.

Durante o discurso, Botareli fez questão de chamar a atenção dos deputados, pedindo o apoio dos 24 para que somem com os professores na defesa da escola pública, já que são poucos os cidadãos que como eles conseguem pagar de R$ 1mil a R$ 2 mil de mensalidade nas escolas particulares.

“O trabalhador não tem essa oportunidade por isso que estamos pedindo compromisso dessa casa, pra que salvem as crianças, filhos dos trabalhadores, porque não podemos mais assistir o que é feito com a educação, o sucateamento, não podemos admitir que o professor, com nível superior continue sendo o menor salário do serviço público. Não há profissão nesse país que não tenha passado pela mão de um professor”, afirmou.

O professor lançou ainda um desafio aos parlamentares. “Fica a pergunta, porque R$ 1.567,00 de salário pra um professor de 40h? Porque o professor é obrigado a manter sua família com R$ 1.567,00? Gostaria que cada um de vocês fosse pra sala de aula 30 dias enfrentar 40 crianças e no final do mês sustentasse sua família com R$ 1.567,00. Gostaria de fazer esse desafio a cada deputado, pra sentir na pele a indignação desse povo que esta aqui hoje”, encerrou.

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