Viagra é remédio indicado para cães, mas não tem efeito sexual
Não estranhe se o veterinário prescrever Viagra para seu animal de estimação. O citrato de sildenafila, substância ativa do famoso comprimido para problemas de ereção dos humanos, lançado há 15 anos pela Pfizer, é também indicado para controlar a hipertensão pulmonar em seres humanos (aprovado em 2005 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária), cães e […]
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Não estranhe se o veterinário prescrever Viagra para seu animal de estimação. O citrato de sildenafila, substância ativa do famoso comprimido para problemas de ereção dos humanos, lançado há 15 anos pela Pfizer, é também indicado para controlar a hipertensão pulmonar em seres humanos (aprovado em 2005 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária), cães e gatos. Mas, caso já tenha se perguntado se tem efeito sexual nos animais, saiba que a resposta é não.
“O medicamento é usado para tratamento das consequências de diversas cardiopatias, como congênitas ou doenças valvares, que podem levar ao aumento da pressão dos vasos pulmonares, também conhecida como hipertensão arterial pulmonar. Nos animais, esse problema quase sempre é secundário a doenças que acometem o coração”, disse a veterinária Renata Marin Medrano, que atende na área de cardiologia na Naya Especialidades, de São Paulo.
A substância promove vasodilatação dos vasos pulmonares e, assim, melhora a circulação pulmonar e a oxigenação. A dose varia de acordo com a necessidade e gravidade de cada caso. “Aqui, já usamos há quase 10 anos em cães. Passou a ser usado nos animais a partir de pesquisas derivadas da medicina humana, que buscavam mais um vasodilatador para o problema”, falou Aparecido Antônio Camacho, professor titular de clinica de cães e gatos e responsável pelo serviço de cardiologia do Hospital Veterinário da Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Jaboticabal.
Segundo os veterinários, o remédio não aumenta a potência sexual dos bichos. “Esse efeito não ocorre porque os mecanismos ligados à sexualidade são diferentes, sem contar aspectos anatômicos envolvidos”, explicou Renata.
A profissional acrescenta que efeitos colaterais não são comuns, mas alguns animais mais sensíveis podem apresentar, no início do tratamento, fezes pastosas, diarreia ou náuseas, o que geralmente se resolve com ajustes nas doses. “Como segundo vasodilatador, pode dar hipotensão. Portanto, tem que haver controle constante com veterinário”, acrescentou Camacho.
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