As vendas da indústria de materiais de construção no País caíram 3,4% em junho ante maio, mas cresceram 2,3% ante junho de 2012, segundo pesquisa divulgada há pouco pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). No primeiro semestre, as vendas de materiais tiveram alta de 3,7% frente o mesmo período do ano passado. Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho (maio de 2012 a junho de 2013), as vendas subiram 2,1% em relação ao período anterior (maio de 2011 a junho de 2012).

A Abramat informou em comunicado que a previsão de alta de 4,5% nas vendas em 2013 está mantida, ainda que o resultado do primeiro semestre tenha ficado abaixo do esperado. De acordo com a associação, a alta de 4,5% prevista depende de novos estímulos do governo para o setor da construção civil, da manutenção dos níveis de emprego e renda das famílias, e do aumento do ritmo das obras de infraestrutura no segundo semestre. O setor ainda aguarda a desoneração de impostos federais e estaduais (IPI e ICMS) e a redução no custo do gás, importante fonte de energia para segmentos da indústria, como cerâmica e vidro.

Os materiais de base (cimento, areio, vidro, ferragens e outros itens usados principalmente na fase inicial de obras) têm sido os principais responsáveis por esfriar as vendas do setor. As vendas de materiais de base caíram 6,4% em junho ante maio, e tiveram uma pequena alta de 0,7% ante junho de 2012. No primeiro semestre, houve alta de 2,8%.

Já os materiais de acabamento (tinta, azulejo, iluminação, entre outros) tiveram crescimento de 0,8% nas vendas em junho ante maio e alta de 5,1% ante junho de 2012. No semestre, o avanço foi de 5,4%, quase o dobro do verificado entre os materiais de base.

O desempenho superior na comercialização de materiais de acabamento pode ser explicada pela grande quantidade de obras em andamento e em fase final. Por outro lado, houve diminuição do total de obras em fase inicial nos últimos meses, refletindo a queda no lançamento de novos empreendimentos ao longo de 2012. No mercado imobiliário, as obras costumam começar cerca de seis meses após seu lançamento.