Vencedores do Nobel da Paz intercedem pela liberação de ativistas do Greenpeace

Onze vencedores de prêmios Nobel da Paz pediram hoje ao presidente russo, Vladimir Putin, para desistir do que consideram ser “acusações excessivas de pirataria” contra 30 ativistas do Greenpeace, anunciou hoje a organização. O ex-presidente timorense José Ramos Horta, o bispo sul-africano Desmond Tutu e a advogada iraniana Shirin Ebadi estão entre os Nobel que […]

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Onze vencedores de prêmios Nobel da Paz pediram hoje ao presidente russo, Vladimir Putin, para desistir do que consideram ser “acusações excessivas de pirataria” contra 30 ativistas do Greenpeace, anunciou hoje a organização.

O ex-presidente timorense José Ramos Horta, o bispo sul-africano Desmond Tutu e a advogada iraniana Shirin Ebadi estão entre os Nobel que subscreveram o apelo.

“Escrevemos-lhe para pedir que faça tudo ao seu alcance para garantir que as acusações excessivas de pirataria contra 28 ativistas da Greenpeace, o fotógrafo e o operador de vídeo sejam abandonadas e que quaisquer acusações que sejam apresentadas sejam consistentes com a lei russa e internacional”, afirmam em carta a Putin.

“Estamos confiantes de que partilha o nosso desejo de respeito pelo direito ao protesto não violento”, acrescentam.

As autoridades russas acusaram 30 tripulantes do navio Arctic Sunrise de pirataria, punível com pena de prisão até 15 anos, depois de um protesto contra a exploração petrolífera no Ártico. Entre os detidos, está a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos.

Os ativistas, de 18 países, estão presos até ao julgamento, previsto para o final de novembro. Segundo o advogado que os representa, os 30 estão detidos em “condições desumanas”.

Os signatários da carta a Putin afirmam que um vazamento de petróleo no Ártico teria um “impacto catastrófico” nas comunidades locais e apelam para a proteção da região, em nome de “milhões de pessoas em todo o mundo”.

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