Vargas Llosa elogia legalização da maconha e casamento gay no Uruguai

Em um artigo publicado neste domingo pelo jornal El País, o vencedor peruano do Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, elogiou as duas reformas liberais adotadas pelo Uruguai em 2013 – a legalização do casamento gay e da maconha -, estimulando outros países a “seguirem este exemplo”. “A revista The Economist fez bem ao escolher […]

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Em um artigo publicado neste domingo pelo jornal El País, o vencedor peruano do Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, elogiou as duas reformas liberais adotadas pelo Uruguai em 2013 – a legalização do casamento gay e da maconha -, estimulando outros países a “seguirem este exemplo”.

“A revista The Economist fez bem ao escolher o Uruguai como o país do ano, e ao classificar como admiráveis as duas reformas liberais mais radicais tomadas em 2013 pelo governo do presidente José Mujica”, argumentou Vargas Llosa.

O escritor ressalta ainda que Mujica, um guerrilheiro na juventude, “respeitou as instituições democráticas” e deu ao Uruguai “uma imagem de país estável, moderno, livre e seguro, o que permitiu o crescimento econômico e a promoção da justiça social.”

O famoso autor de “A Cidade e os Cachorros” observa que, graças a esse “perfil democrático e liberal”, o Uruguai tornou-se “o primeiro país do mundo a mudar radicalmente sua política de combate ao problema das drogas.”

Além disso, o escritor defende que a experiência uruguaia “de legalizar a produção e o consumo da maconha” será mais bem sucedida “se não for limitada a um único país, mas gerar um acordo internacional que envolva tanto os países produtores como os consumidores.”

“O importante é que a legalização seja acompanhada por campanhas educativas – como as que combatem o tabaco ou demonstram os efeitos nocivos do álcool – e de reabilitação. A liberdade tem seus riscos. O governo uruguaio entendeu isso e deve ser aplaudido. Oxalá outros governos aprendessem a lição e seguissem esse exemplo”, acrescenta.

Em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, Vargas Llosa crê que a medida “combate um preconceito estúpido e repara uma injustiça que milhões de pessoas sofreram (e ainda sofrem)”.

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