Usina de Jirau tem operação prevista para o fim de junho

Depois de sucessivos atrasos no cronograma, a hidrelétrica Jirau, do Rio Madeira (RO), está prevista para entrar em operação no fim do segundo trimestre de 2013. “Neste momento, o que estamos perseguindo é atingir a entrada em operação comercial da usina”, afirmou o gerente de Relações com Investidores da GDF Suez Energy Latin America, Elio […]

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Depois de sucessivos atrasos no cronograma, a hidrelétrica Jirau, do Rio Madeira (RO), está prevista para entrar em operação no fim do segundo trimestre de 2013. “Neste momento, o que estamos perseguindo é atingir a entrada em operação comercial da usina”, afirmou o gerente de Relações com Investidores da GDF Suez Energy Latin America, Elio Wolff.

Com isso, Jirau, que terá capacidade de 3,75 mil megawatts (MW), poderá iniciar o fornecimento de energia às distribuidoras, o que era previsto originalmente para janeiro deste ano.

Até a conclusão da usina, a concessionária Energia Sustentável do Brasil terá investido R$ 16,3 bilhões, valor atualizado até março. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou R$ 9,5 bilhões. Como o projeto foi classificado como prioritário pelo Ministério de Minas e Energia, a concessionária pode captar mais recursos por meio da emissão de debêntures de infraestrutura.

“Os acionistas vão avaliar a possibilidade”, disse Wolff. A GDF Suez detém 60% de Jirau e o grupo Eletrobrás, por meio da Chesf e da Eletrosul, 40%.

No Brasil, a GDF Suez é a controladora da Tractebel, maior geradora privada do País, e, com a conclusão de Jirau, a intenção da empresa é transferir a sua fatia na usina para a controlada. Contudo, a expectativa é de que essa operação ocorra em 2014. Por causa disso, o presidente da Tractebel, Manoel Zaroni, disse que a companhia não prevê mais desembolsar este ano a reserva de R$ 511 milhões constituída para suportar a aquisição, o que levou uma revisão para baixo do investimento para 2013, de R$ 1,194 bilhão para R$ 696 milhões.

Além dos recursos próprios, a Tractebel avalia outras opções para financiar a operação. “Podemos fazer isso com equity, com dívida ou podemos arranjar um parceiro. Vamos avaliar a melhor alternativa para agregar valor à Tractebel.” Segundo o executivo, uma emissão de dívida não comprometeria os limites financeiros da empresa – hoje, a relação dívida líquida/geração de caixa (Ebitda) da companhia é de 1,1 vez.

A conclusão de Jirau vai contribuir para reduzir o preço da energia no mercado a prazo no fim do ano, juntamente com a oferta da outra usina do Rio Madeira, Santo Antônio, e a linha de transmissão que vai escoar a energia dos dois projetos.

“A tendência é de cair o preço spot no fim do ano. As usinas contribuirão com mais energia no mercado, principalmente no verão”, explicou. Hoje, o preço no curto prazo para o agente vendedor está em R$ 277,68/MWh e para o comprador, em R$ 374,24/MWh.

O executivo da Tractebel também manifestou a intenção da empresa de participar dos leilões de energia nova de 2013 com projetos eólicos e a carvão. “Temos uma geração de caixa significativa, e a orientação do grupo é voltada para o crescimento no País”, justificou Zaroni.

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