Terceirizados da Enersul fazem greve por melhorias trabalhistas

Cerca de 300 eletricistas e leituristas terceirizados da concessionária de energia elétrica de Campo Grande, Enersul, entraram em greve nesta segunda-feira (6), na Capital. A reivindicação é por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. A categoria promete ficar sem trabalhar em frente a Enecol (Engenharia Elétrica e de Telecomunicações) durante todo o dia, sem […]

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Cerca de 300 eletricistas e leituristas terceirizados da concessionária de energia elétrica de Campo Grande, Enersul, entraram em greve nesta segunda-feira (6), na Capital. A reivindicação é por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. A categoria promete ficar sem trabalhar em frente a Enecol (Engenharia Elétrica e de Telecomunicações) durante todo o dia, sem previsão de retorno até negociar com os dirigentes da empresa.

Apenas 30% dos funcionários manterão os trabalhos para não prejudicar a população, já que eles atendem vários bairros populosos como Moreninhas e Colúmbia, além da região Central e Norte da cidade.

De acordo com o presidente do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Imobiliário de Campo Grande), José Abelha, as cidades do interior também estão sendo mobilizadas para aderirem ao movimento. “Estamos reivindicando melhorias porque o salário dos terceirizados da Enersul é muito defasado. A partir de amanhã, também devem aderir à greve mais de 300 funcionários de Nova Andradina e de Dourados”, destacou o presidente.

O eletricista há um ano, Emerson Gomes do Vale, de 28 anos, destacou que a categoria recebe em torno de R$ 700,00 e está pleiteando R$ 1.100,00. “Apoio essa causa porque nosso salário está defasado em pelo menos 30% em comparação dos funcionários da Enersul. Nós executamos os mesmos serviços, inclusive plantões, não é justo”, desabafou o eletricista.

Dentre as reivindicações, os trabalhadores afirmam que a Enecol não está cumprindo acordos com as empresas terceirizadas, há atrasos em tickets de alimentação e no vale transporte. Além disso, um funcionário que não quis se identificar, contou que cinco leituristas já entraram com um processo de danos morais contra a empresa.

“Trabalhamos o dia inteiro em baixo de sol para recebermos apenas um salário mínimo. Estamos pleiteando no mínimo R$ 900,00”, concluiu o leiturista Leonardo de Lima Faustino, de 28 anos que atua há mais de um ano na empresa. Até o fechamento da matéria, a diretoria da empresa não se pronunciou.

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