Superlotação em Penitenciária provoca ‘podridão’ em córrego

Com a superlotação na Penitenciária de Segurança Máxima Harry Hamorin Costa, que chegou nesta semana a bater um recorde de cerca de 2.000 detentos o esgoto da massa carcerária vem causando mal cheiro insuportável no Córrego Laranja Hay que desemboca no Laranja Doce. O mau cheiro se espalha ao longo das propriedades e também no […]

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Com a superlotação na Penitenciária de Segurança Máxima Harry Hamorin Costa, que chegou nesta semana a bater um recorde de cerca de 2.000 detentos o esgoto da massa carcerária vem causando mal cheiro insuportável no Córrego Laranja Hay que desemboca no Laranja Doce. O mau cheiro se espalha ao longo das propriedades e também no distritos de Vila São Pedro, o mais prejudicado com a situação pois fica bem próximo ao presídio.

A superlotação, assim como o problema do esgoto, foram denunciados esta semana pelo advogado Maurício Raslan que levou o caso ao conhecimento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS), onde é membro da Comissão Criminal. O relatório também é assinado pelo advogado Diego Marcondes do Conselho Estadual da OAB. Quem exerce o controle sobre a entrada de detentos na Penitenciária de Segurança Máxima é a Coordenadoria das Va-ras de Execução Penal do MS. (Covep).

Maurício Raslan teme as consequências que a superlotação pode provocar, tanto entre a sociedade, com influência no aumento da criminalidade como também ao meio ambiente como é o caso do Córrego Laranja Hay, onde o esgoto é previ-amente tratado na estação de tratamento que fica na própria Penitenciária.

Acontece que como a estação foi feita para suportar uma massa carcerária que estava dentro da capacidade na época em que foi construída, ou seja, pouco mais de 500 detentos, hoje não dá mais conta de tratar tanto esgoto, eis que surge o mau cheiro e outras consequências ao manancial que no passado servia para as crianças se banharem. O próprio Maurício Ras-lan faz questão de mostrar uma foto da sua infância se banhando no lago ao lado de seu amigo, Nilson Teixeira.

“A situação que já era grave extrapolou todos os limites, o problema da superlotação prejudica primeiro os próprios presos que ficam confinados, gera problemas de esgoto, saneamento básico, problemas de alimentação, de poluição para toda a comunidade de Dourados, de Vila São Pedro, de Vila Vargas, onde são despejados os dejetos, gera problema para o poder judiciário, os advogados, enfim, um conjunto de problemas graves que o estado tem o dever de solucionar”.

 

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