Suínos: governo celebra liberação do mercado japonês
O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, comemorou nesta sexta-feira a abertura do mercado japonês para a carne suína in natura produzida em Santa Catarina, após sete anos de longas negociações entre os dois países. “Essa é uma notícia alvissareira, não só para a suinocultura nacional, mas para o governo federal e de Santa Catarina. Mais […]
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O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, comemorou nesta sexta-feira a abertura do mercado japonês para a carne suína in natura produzida em Santa Catarina, após sete anos de longas negociações entre os dois países. “Essa é uma notícia alvissareira, não só para a suinocultura nacional, mas para o governo federal e de Santa Catarina. Mais importante ainda porque ocorre às vésperas da possível visita da presidenta Dilma Roussef ao Japão”, disse.
Segundo o Ministério da Agricultura, a autorização do governo japonês foi publicada na edição desta sexta-feira do “Diário Oficial” daquele país. Os embarques começarão assim que governo brasileiro enviar ao Japão a lista de estabelecimentos exportadores que atendem requisitos sanitários. A lista está sendo elaborada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, em consulta com as empresas.
O Secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, observa que o Brasil será o primeiro país que se beneficiará do reconhecimento de zona livre de febre aftosa para exportar carne suína para o Japão. Segundo ele, “até agora, o Japão só aceitava importações de carnes de animais susceptíveis à doença se o país fosse inteiramente livre”. Santa Catarina é o único Estado brasileiro que detém o status de livre de aftosa sem vacinação.
Porto destaca o fato de a abertura do mercado japonês estar ocorrendo em um momento importante para o setor, pois pode compensar a suspensão das importações pela Ucrânia, no final de março deste ano, sob alegação da presença da bactéria listeria em lotes de carnes oriundas do Brasil. Até o primeiro trimestre deste ano a Ucrânia era o segundo maior importador de carne suína brasileira, superada apenas pela Rússia.
O secretário diz que as exportações de carne suína para o mercado japonês irão gerar grandes benefícios para a suinocultura nacional. “Finalmente Santa Catarina irá auferir benefícios econômicos positivos por seus esforços para se tornar Estado livre da doença, sem vacinação”, diz Porto.
Os dados oficiais mostram que o Japão é o maior importador mundial de carne suína in natura. No ano passado, foram importadas 779 mil toneladas ao valor de US$ 5,1 bilhões. As importações do Japão representam 31% do mercado mundial. O segundo maior mercado é a Rússia, que importou US$ 2,5 bilhões no ano passado.
Os principais fornecedores de carne suína in natura para o Japão no ano passado foram Estados Unidos (US$ 2,1 bilhões), União Europeia (US$ 1,4 bilhão) e Canadá (US$ 1,1 bilhão). No ano passado, o Brasil – que é o quarto maior exportador de carne suína in natura do mundo – vendeu o produto para 63 mercados, totalizando US$ 1,3 bilhão (quase 500 mil toneladas). Santa Catarina lidera a lista dos exportadores brasileiros, com receita de US$ 492 milhões e embarques de 181 mil toneladas no ano passado.
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