Sotheby’s triunfa com venda de US$290 mi em arte moderna e impressionista

Um leilão de arte moderna e impressionista alcançou preços altos na quarta-feira, em uma das maiores vendas já realizadas pela Sotheby’s, marcando uma reviravolta após duas noites frustrantes da concorrente Christie’s no início desta semana. Liderada pela escultura de Giacometti “Grande Tête de Diego”, e pela pintura a óleo de Picasso “Tête de Femme”, que […]

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Um leilão de arte moderna e impressionista alcançou preços altos na quarta-feira, em uma das maiores vendas já realizadas pela Sotheby’s, marcando uma reviravolta após duas noites frustrantes da concorrente Christie’s no início desta semana.

Liderada pela escultura de Giacometti “Grande Tête de Diego”, e pela pintura a óleo de Picasso “Tête de Femme”, que obtiveram 50 milhões e 39,9 milhões de dólares, respectivamente, a venda totalizou mais de 290 milhões de dólares, com 81 por cento dos 64 lotes encontrando compradores.

Foi o segundo maior resultado de arte moderna e impressionista da Sotheby’s, atrás apenas do leilão em maio de 2012 em que uma das versões de “O Grito”, de Munch, foi vendida por um recorde de 120 milhões de dólares.

As fortes vendas devem acalmar os nervos do mercado depois dos resultados obtidos pelo Christie’s, que ficaram muito aquém das expectativas.

Quando o martelo era batido sobre o último lote, aplausos e vivas surgiram da sala. O leiloeiro Tobias Meyer respondeu à reação dizendo: “Então o mercado está vivo, hein?”.

David Norman, copresidente de arte moderna e impressionista mundial da Sotheby’s, admitiu ter ficado nervoso antes da venda, dado que os leilões da Christie’s deixaram a maior parte dos principais lotes sem compradores e o total ficou bem abaixo até mesmo das estimativas pré-venda mais modestas.

“Estava preocupado que o mercado estivesse nervoso e cauteloso”, disse ele à Reuters depois do sucesso da venda. Norman disse que o interesse pré-venda indicava uma boa exibição, “mas eu não estava antecipando quantas propostas estariam atrás dos principais lotes”.

De fato, os bolsos cheios dos colecionadores ficaram em evidência quando alguns interessados deram lances por “Mousquetaire a la pipe,” de Picasso, uma obra vibrante de 1969 vendida por 30.965.000 de dólares, cerca de 50 por cento a mais do que sua estimativa.

“Glacons, Effet blanc”, de Monet, atraiu pelo menos cinco ofertas antes de ser vendido por 16,1 milhões de dólares, incluindo a comissão, e batendo a alta estimativa.

Simon Shaw, o chefe de Arte Moderna e Impressionista da Sotheby’s em Nova York, disse que os resultados falavam por si, acrescentando que quando obras de grande qualidade, novas no mercado, apareciam e eram “estimadas de maneira responsável, há uma enorme demanda global”.

A escultura de Giacometti nunca tinha sido leiloada.

Shaw disse que o leilão teve uma participação maior de colecionadores asiáticos do que em qualquer outra venda impressionista ou moderna da Sotheby’s.

Norman acrescentou: “Esse é um mercado mais global do que nunca”.

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