Sequestradora e marido dão versões diferentes para rapto de bebê em Campo Grande
A mulher acusada de sequestrar uma recém-nascida em Campo Grande mudou mais uma vez a versão do que teria motivado o sequestro. Após confessar à Polícia Civil na semana passada, que o rapto da criança teria sido para pagar uma dívida de drogas, Renata Silva de Jesus, 33 anos, afirma agora que o sequestro foi […]
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A mulher acusada de sequestrar uma recém-nascida em Campo Grande mudou mais uma vez a versão do que teria motivado o sequestro. Após confessar à Polícia Civil na semana passada, que o rapto da criança teria sido para pagar uma dívida de drogas, Renata Silva de Jesus, 33 anos, afirma agora que o sequestro foi motivado por uma falsa gravidez. O rapto da menina de apenas três dias de vida aconteceu no dia 16 deste mês, no bairro Dom Antônio Barbosa.
Nesta segunda-feira (25), após o marido de Renata, Carlos dos Santos, que também está envolvido no sequestro, apresentar-se à polícia, o advogado de Renata, Waldir Debortoli, afirmou que não existe tráfico de crianças, nem tráfico de drogas. Segundo o advogado, o sequestro aconteceu porque Renata teria simulado uma gravidez e gerado uma expectativa na família do marido.
Ainda conforme o Debortoli, o marido Carlos e a família de Renata sabiam que ela não estava grávida. O advogado confirma que Renata planejava receber uma criança, filha de uma usuária de drogas. Porém, a mulher teria mudado de ideia e eles ficaram desesperados.
“O marido e mais dois amigos saíram e acharam a primeira vítima para cometer esse delito. Mas esse delito é bem menor do que se falavam”, afirmou o advogado. Segundo ele, a versão sobre o roubo da criança como um pagamento de dívida de drogas teria sido inventada por Renata para acobertar a ação do marido em raptar uma criança. Em defesa de Renata, o advogado alega ainda que o marido ou os dois amigos teriam sido os mentores do crime, pois tinham contato com o pai da criança sequestrada.
Já as advogadas de Carlos, Marilza Felix de Melo e Elisabete Nunes Delgado, afirmam que ele confessa em parte a participação no sequestro. Segundo as advogadas, Carlos teria acreditado que Renata estava grávida até o oitavo mês de gestação. Ela teria mostrado vários ultrassons em que dizia estar grávida de um menino e ele teria até tatuado o nome do filho inventado. “No final, ela falou que não estava mais grávida e planejou o que ela iria fazer. Ela falou que ia dar uma volta e no bairro e decidiu sequestrar a menina”, relata Marilza.
Carlos assume que é usuário de drogas e afirma que não desceu do carro durante o sequestro. Ele diz ainda que foi usada arma durante a ação. As advogadas sustentam que ele não teria aceitado a criança e abandonou Renata após o sequestro. Ele teria ido para casa de uma irmã, onde teria consumido mais drogas e desaparecido. A família só conseguiu localizá-lo na última quinta-feira. Após ser localizado, as advogadas comunicaram à polícia, mas esperaram que passasse o efeito das drogas.
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