Segurados enfrentam dificuldade de acesso ao prédio do INSS em Dourados

A falta de acessibilidade em Dourados ainda é um problema crônico. Nem mesmo prédios públicos atendem à demanda de pessoas com dificuldades de locomoção. A nova agência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), inaugurada em março, não dispõe de rebaixamento na calçada para cadeirantes. Outro prédio público ao lado, o da Justiça Especial Federal, […]

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A falta de acessibilidade em Dourados ainda é um problema crônico. Nem mesmo prédios públicos atendem à demanda de pessoas com dificuldades de locomoção. A nova agência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), inaugurada em março, não dispõe de rebaixamento na calçada para cadeirantes. Outro prédio público ao lado, o da Justiça Especial Federal, também limita o acesso de cadeira de rodas.

Ambos são alugados, pertencem ao mesmo dono e têm calçadas bem mais alta, se comparada aos estabelecimentos vizinhos do quarteirão. Com barreiras arquitetônicas elevadas, cadeirantes estão praticamentes impedidos de acessar o INSS e a Justiça Especial Federal. Para se ter uma ideia, o meio-fio tem uma altura de quase 30 centrímetros.

“Isso é uma falta de respeito com a população que busca atendimento em órgão público”, diz José Nilton Gaioso. Ontem ele levou a esposa Rosenilda à agência do INSS para fazer a primeira perícia médica. “Como o meio-fio é muito alto e não há rebaixamento na calçada, tive que chamar outras pessoas para ajudar a tirar minha mulher do carro para colocarmos ela na cadeira de rodas”, relatou. “Não dá pra entender um desrespeito desse, de inaugurar uma agência que atende diferentes públicos sem oferecer acessibilidade”, desabafa.

Ao deixar a agência do INSS, José Nilton teve que descer com a cadeira de rodas da esposa pela calçada de uma garagem ao lado, com um nível bem mais baixo. A dificuldade de quem tem problemas de locomoção é tanta que o segurado não pode estacionar em frente ao INSS. A porta do passageiro não abre, devido a altura do meio-fio.

Juliana Fernandes foi ontem pela terceira vez ao INSS. Ela machucou a bacia e a perna e pouco pode andar. Acompanhada do marido Renato, ela chegou de muletas, tendo dificuldade de subir uma rampa mal feita entre a calçada do INSS e de uma garagem de veículos ao lado.

Como o meio-fio do INSS é alto, veículos com os segurados são obrigados a parar na entrada da garagem de veículos para desembarcar os passageiros. A reportagem apurou que os dois órgãos federal terão construções próprias, sem previsão de inauguração, porém o da Justiça Federal pode entrar em funcionamento no final deste ano e do INSS em 2015.

A reportagem apurou que os dois órgãos federal terão construções próprias, sem previsão de inauguração, porém o da Justiça Federal pode entrar em funcionamento no final deste ano e do INSS em 2015. A reportagem entrou em contato por telefone com o gerente geral do INSS em Dourados, Francisco Carlos da Silva, mas ele não foi encontrado nos períodos da manhã e da tarde e não respondeu recado deixado com assessores.

A Justiça Especial Federal informou que faz o possível para atender todas as exigências de acessibilidade, no entanto que as dependências internas do prédio atendem todas as exigências, porém não soube dar detalhes sobre a parte externa, da calçada sem rampa de cadeirantes.

A diferença de um órgão para o outro é o tipo de atendimento ao público. O INSS atende cerca de 500 pessoas por dia e muitas delas apresentam diferentes tipos de necessidades. Já a Justiça Especial Federal atende um público bem inferior e até agora nenhuma reclamação foi registrada quanto a acessibilidade.

A nova sede do INSS em Dourados fica na Avenida Weimar Gonçalves Torres numero 3.215 (ao lado do Juizado Especial Federal).

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